Polícia prende mulher por envolvimento em explosão que matou blogueiro russo
Vladlen Tatarsky estava em um café de São Petersburgo quando foi presenteado com uma caixa suspeita
A polícia russa prendeu, nesta 2ª feira (3.abr), uma mulher suspeita de provocar a explosão em um café de São Petersburgo, que feriu 30 pessoas e matou o blogueiro, militar e apoiador do presidente Vladimir Putin, Vladlen Tatarsky. A detida, identificada como Darya Trepova, teria entregado a bomba aos responsáveis pela explosão.
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"Investigadores e criminologistas do Departamento de Investigação Principal do Comitê de Investigação da Rússia para a cidade de São Petersburgo continuam trabalhando no local. Estão a ser tomadas todas as medidas necessárias para identificar as pessoas envolvidas na prática deste crime", disse o Comitê, responsável pela apuração do crime.
Vladlen Tatarsky, cujo nome verdadeiro era Maxim Fomin, estava no café para se encontrar com algumas pessoas quando foi presenteado com uma caixa contendo um busto dele que, aparentemente, explodiu. Vídeos divulgados pelas autoridades mostram o café logo após a explosão, com mesas, cadeiras e vidros quebrados, além de marcas de sangue.
The Ministry of Internal Affairs of Russia confirms the death of one of the most popular military bloggers, Vladlen Tatarsky, as a result of an explosion in a St. Petersburg cafe. He is the only victim of the attack. pic.twitter.com/hIPmMQ3mp9
? Ruslan Trad (@ruslantrad) April 2, 2023
Inicialmente, o governo russo cogitou culpar a Ucrânia pela explosão e morte do militar, uma vez que Tatarsky era um dos principais apoiadores da invasão russa no país. O grupo paramilitar Wagner, no entanto, disse que o atentado não parecia estar ligado às tropas de Kiev, mas sim ao trabalho de grupos radicalistas da própria Rússia.
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Pelas redes sociais, o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, reforçou que o crime não foi de autoria do país, afirmando que "as aranhas estão comendo umas às outras". "A questão de quando o terrorismo doméstico se tornaria um instrumento de luta política interna na Rússia era uma questão de tempo. Vamos assistir", escreveu.Ata