União Europeia apresenta plano para reduzir dependência energética
Comissão Europeia acusou Rússia de utilizar a dependência do bloco como arma política
Face à invasão russa à Ucrânia, e às recentes interrupções no fornecimento de gás à Bulgária e à Polónia pela Rússia, a Europa pretende reduzir em dois terços sua dependência do gás russo até o fim de 2022 e e encerrá-la até 2027. Para isso, a Comissão Europeia apresentou nesta 4ª feira (18.mai) um plano de 210 milhões de euros que deverão ser financiados pelo setor privado e público, a nível nacional, transfronteiriço e da UE.
+ Leia as últimas notícias sobre a guerra na Ucrânia
"A dependência da Europa de um parceiro instável precisa acabar", afirmou a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, ao apresentar a sua resposta às dificuldades e perturbações do mercado global de energia causadas pela invasão, durante reunião em Esbjerg, na Dinamarca. Nomeado de REPowerEU, o plano tem como objetivo acelerar a implantação de energias renováveis, economizar energia e diversificar o abastecimento de GNL no bloco.
"Aumentaremos, portanto, a meta de eficiência energética da UE para 2030 de 9% para 13%. Depois, há o investimento maciço em energia renovável, a maior tarefa. Aqui estamos aumentando nossa meta para 2030 de 40% de energia renovável para 45% de energia renovável", disse von der Leyen.
O plano também propõe mudanças comportamentais de curto prazo que podem reduzir a procura por gás e petróleo em 5%, incentivando os Estados-Membros a iniciarem campanhas de comunicação específicas dirigidas às famílias e à indústria. Os países do bloco também são incentivados a utilizar medidas fiscais para promover a economia de energia, que, segundo o relatório ajudará a Europa a se preparar para possíveis desabastecimentos no próximo inverno.
Desde a invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro, a Comissão adotou cinco pacotes de sanções contra a Rússia e apresentou uma propostas para a eliminação progressiva do petróleo russo até ao final do ano.