Autotestes de covid realizados em março revelam 79% de casos positivos
São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina ficaram entre os Estados com maior número de notificações
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), em parceria com a Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), revelou que 79% das pessoas que realizaram autotestes de covid-19 apresentaram diagnóstico positivo para a doença. Os dados, referentes ao mês de março, correspondem a 25 mil pacientes de 14 a 80 anos.
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Dos casos positivos, 52% foram notificados por mulheres, 47% por homens e 1% não informaram o gênero. O Estado de São Paulo concentrou 40,7% do total de autotestes realizados no mês e obteve um índice de diagnósticos positivos de 84%, ficando acima da média nacional (79%).
Outros três Estados também registraram contaminações acima da média nacional detectadas nos exames, sendo Rio de Janeiro (96%), Santa Catarina (91%) e Ceará (98%). No Paraná, a proporção de contaminações notificadas via autotestes foi de 76%, enquanto no Rio Grande do Sul foi de 72%, a mesma de Minas Gerais. Já na Bahia, a taxa de positividade foi de 71%, e em Goiás, 70%.
"O dado é muito superior ao índice encontrado nos testes rápidos realizados nas farmácias, o que pode apontar que o autoteste tem sido utilizado por pessoas notadamente sintomáticas, em acompanhamento da doença ou recuperação. Isso reforça a necessidade do autoteste como medida de autocontrole, um instrumento auxiliar importante no combate à covid-19", analisa o CEO da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto.
O que é o autoteste?
Aprovado em fevereiro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o autoteste é um produto que permite que a pessoa realize todas as etapas da testagem de covid-19, desde a coleta da amostra até a interpretação do resultado, sem a necessidade de auxílio profissional. Para isso, deve seguir atentamente as informações das instruções de uso, que possuem linguagem simples e figuras ilustrativas do seu passo a passo.
Apesar do fácil acesso, a Anvisa recomenda que o produto seja utilizado entre o 1º e o 7º dia do início dos sintomas, como febre, tosse, dor de garganta, coriza, dores de cabeça e no corpo. Caso a pessoa esteja assintomática, mas tenha entrado em contato com alguém que testou positivo, a orientação é aguardar cinco dias para fazer o procedimento.
Os diagnósticos devem ser notificados nos sistemas do Ministério da Saúde, para que a pasta acompanhe o número de casos da doença. Por ter caráter apenas orientativo, o autoteste não se trata de um atestado médico.
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