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Equipe de Chernobyl enfrenta "condições cada vez mais difíceis", diz Aiea

Técnicos vêm trabalhando para consertar linhas de transmissão de energia danificadas no local

Equipe de Chernobyl enfrenta "condições cada vez mais difíceis", diz Aiea
Usina Nuclear de Chernobyl (Banco Europeu para a Reconstrução/Flickr)
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A Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) foi informada pela Ucrânia que a equipe -- composta por 211 técnicos e guardas -- da Usina Nuclear de Chernobyl, no país, enfrenta "condições cada vez mais difíceis", segundo declaração feita nesta 6ª feira (11.mar) pelo diretor-geral da organização, Rafael Mariano Grossi. A autoridade reguladora ucraniana responsável pelo setor, disse Grossi, afirmou que os trabalhadores estão vivendo na usina há mais de duas semanas e manifestou preocupação ainda em relação à disponibilidade dos estoques de alimentos para eles.

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Também de acordo com o diretor-geral, a Ucrânia acrescentou que, desde a noite de 5ª feira (10.mar), técnicos vêm trabalhando para consertar linhas de transmissão de energia danificadas, para tentar restabelecer o fornecimento de eletricidade para Chernobyl; uma "seção" foi reparada, mas a parte externa da usina permanece sem receber energia elétrica e, por isso, os trabalhos de conserto vão continuar.

Ainda sobre a instalação, pontuou Grossi, a autoridade reguladora da Ucrânia disse que combustível adicional para ser usado em geradores a diesel de emergência que estão fornecendo energia de reserva para o local desde 4ª feira (9.mar) foi entregue à usina, mas é preciso consertar as linhas de transmissão quanto antes der. "Somando-se aos problemas na gestão da usina nuclear de Chernobyl está o fato de o regulador ter perdido a comunicação com o local em 10 de março. Consequentemente, não pode fornecer informações à Aiea sobre monitoramento radiológico na instalação", completou.

Por outro lado, Grossi afirmou que o problema no abastecimento de energia elétrica para a instalação não afetará de forma crítica as "funções essenciais de segurança no local, onde estão várias instalações de gestão de resíduos radioativos, pois o volume de água de refrigeração na instalação de combustível irradiado é suficiente para manter extração de calor sem fornecimento de eletricidade".

Atualmente, de acordo com informação repassada pela autoridade reguladora à Aiea, oito dos 15 reatores nucleares ucranianos continuam operacionais e o nível de radiação nas regiões onde se encontram estão "normais". Na usina de Zaporizhzhia, falou Grossi ainda, duas das quatro linhas de alta tensão no exterior da instalação sofreram dano, mas operador disse à Aiea que com apenas uma linha seria possível atender a demanda do local por energia elétrica e geradores a diesel estão prontos para fornecer eletricidade adicional.

Em relação também sobre a usina de Zaporizhzhia, o diretor-geral da Agência Internacional pontuou que, segundo o autoridade reuladora, "o trabalho continua para detectar e descartar munições não detonadas encontradas no centro de treinamento danificado e em outros lugares após os eventos lá em 4 de março, quando as forças russas tomaram o controle da maior usina nuclear da Ucrânia, que tem seis reatores".

Outras informações repassadas pelo regulador à Aiea, declarou Grossi, diz respeito a um centro de pesquisa nuclear em Kharkiv: o local havia sido alvo de ataque e, mais recentemente, sofreu mais danos. Segundo o diretor-geral, a organização descarta a possibilidade de esse dado ter consequências radiológicas, pois o material nuclear que se encontra no centro de pesquisa é "subcrítico" e há pouco material radioativo estocado, mas "isso destacou mais uma vez os riscos que as instalações nucleares da Ucrânia enfrentam durante o conflito armado".

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