União Europeia volta a defender independência no setor de energia
Bloco aposta em potências renováveis e hidrogênio para quebrar necessidade de importações russas
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, voltou a defender, nesta 3ª feira (8.mar), a independência do bloco no setor de gás e energia elétrica. A iniciativa, segundo ela, tem como objetivo reforçar a produção energética entre os países-membros e quebrar a necessidade dos estoques russos, um dos maiores fornecedores de combustíveis fósseis na Europa.
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"Devemos garantir um fornecimento confiável, seguro e acessível de energia aos consumidores europeus. A RePowerEU diversificará nossos suprimentos de gás, acelerará a implantação renovável, melhorará a eficiência energética e substituirá o gás no aquecimento e na energia. Isso pode reduzir nossa demanda por gás russo em 2/3 antes do final do ano", escreveu von der Leyen, nas redes sociais.
A declaração vem em meio a uma possível retaliação da Rússia, uma vez que o bloco impôs sanções severas ao país por conta da invasão do Kremlin à Ucrânia. Como as dificuldades de abastecimento já vinham antes do atual cenário, a preocupação com uma crise energética aumentou significativamente entre os membros da União Europeia.
"Simplesmente não podemos confiar em um fornecedor que nos ameace explicitamente. Precisamos agir agora para mitigar o impacto do aumento dos preços da energia. Quanto mais rápido mudarmos para energias renováveis e hidrogênio, mais rápido seremos verdadeiramente independentes e dominaremos nosso sistema de energia", afirmou a líder do bloco.
Para tentar conter a situação, foram anunciados auxílios para consumidores e empresas, principalmente com a aproximação do inverno. Segundo von der Leyen, serão disponibilizadas orientações sobre regulação de preços para consumidores, quadros temporário de Auxílios Estatais para empresas e propostas futuras sobre armazenamento mínimo de gás para garantir o fornecimento.
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Em pronunciamento, o Comissário para a Energia, Kadri Simson, afirmou que para as semanas restantes do inverno, a Europa tem quantidades suficientes de gás, mas que precisam restabelecer as reservas com urgência para o próximo ano. Com isso, o bloco propõem que, até 1 de outubro, o nível de armazenamento de gás na UE esteja em pelo menos 90%.
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