Bolsonaro critica, em sequência, Doria, Lula e Renan
A apoiadores, presidente reage a cobranças sobre enfrentamento da pandemia
A interação do presidente Jair Bolsonaro com apoiadores, no portaria do Palácio da Alvorada, foi palco de críticas a adversários políticos, nesta 2ª feira (14.jun). O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o senador Renan Calheiros (MDB) foram os alvos do presidente.
Em relação ao governador, Bolsonaro disse que ele "não consegue administrar São Paulo e quer governar o Brasil". A crítica foi motivada pela multa aplicada a Bolsonaro, em São Paulo, por não usar máscara de proteção facial durante um passeio de moto no último sábado (12.jun).
A crítica a Lula teve como argumento a suposta relação dele com o Movimento Sem-Terra. "Um dos motivos que o MST não invade mais terra, é que a gente tá dando títulos para o pessoal. Antigamente ficavam sem e eram escravos do PT. Obrigava os caras a entrar em ônibus e invadir propriedade, tacar fogo", disse Bolsonaro, que passou a reforçar os ataques a Lula, depois que o STF permitiu a possibilidade do adversário ser candidato em 2022, após anular processos da Operação Lava-Jato.
Já os ataques a Renan Calheiros tem sido mais frequentes, depois que o senador se tornou relator da CPI que investiga eventuais falhas do Governo Federal no controle da pandemia de Covid-19. "Vocês estão acompanhando o Senado Americano? Investigando a origem do vírus e possíveis medicamentos pra cura. Bem diferente desse que tá acontecendo aqui. O Renan falou claramente que não quer apurar desvio de recursos. Deveria apurar, é especialista nisso", cutucou Bolsonaro.
Entre um ataque a adversários e outro, o presidente foi elogiado por apoiadores, que pedem sua candidatura à reeleição no ano que vem. A resposta dada a essas abordagens, nesta segunda, foi: "Vocês não sabem o que é uma cadeira presidencial pra desejar 2022".