Conselho de Direitos Humanos da ONU deve ampliar apuração de crimes de guerra
Denúncias englobam bombardeios russos em áreas residenciais da Ucrânia e execuções
O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) deve se reunir, a partir desta 2ª feira (27.fev), para debater a situação atual da guerra na Ucrânia. Espera-se que os integrantes votem para ampliar as investigações sobre crimes de guerra no país, confirmados pela Comissão de Inquérito da entidade.
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A reunião, que deve durar seis semanas para também tratar de outros assuntos, será presidida pelo novo chefe de Direitos Humanos, Volker Turk, e deve contar com a participação de 150 ministros e chefes de Estado. Ainda hoje, é esperado o discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres.
Segundo a Comissão de Inquérito, uma resolução deve ser apresentada para ampliar a investigação de alto nível sobre crimes na Ucrânia. Em setembro do ano passado, a entidade confirmou que Moscou cometeu crimes de guerra em "grande escalada" no país, envolvendo, sobretudo, execuções, torturas e violência sexual.
Outro crime citado foi a conduta de hostilidades. O relatório apresentado apontou que o uso de armas explosivas com amplos efeitos resultou na morte de centenas de civis, bem como na devastação quase por completo de algumas cidades. Tais ataques, além de registrados em bases militares, também foram feitos em áreas residenciais.
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"Estamos à procura desta sessão para mostrar, como a assembleia geral da ONU mostrou que o mundo está lado a lado com a Ucrânia", afirmou o embaixador britânico Simon Manley, referindo-se à resolução que condena a invasão russa e exige a retirada imediata das tropas de Moscou do território ucraniano.