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Quem é o ministro de Lula que mais gerou interesse na internet?

De saída para o Supremo, Dino concentrou o maior número de pesquisas, seguido por Haddad e Alckmin. Ana Moser e Gonçalves Dias também aparecem no ranking

Quem é o ministro de Lula que mais gerou interesse na internet?
Haddad, Dino e Alckmin estão entre os ministros mais buscados pelos brasileiros. Foto: Marcelo Camargo, Antônio Cruz, José Cruz/Agência Brasil
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Em seu segundo ano, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve perder o ministro que mais buscas gerou entre os brasileiros. Flávio Dino deixa o Ministério da Justiça rumo ao Supremo Tribunal Federal no próximo dia 8 de janeiro e abre espaço para o titular da Fazenda, Fernando Haddad, assumir o posto de ministro que mais gera interesse da população.

Os dados são de um levantamento exclusivo feito pelo Google Trends a pedido do SBT News e mostram, ainda, que Geraldo Alckmin, vice e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (3º), Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento (4º), e Marina Silva, do Meio Ambiente (5º), completam o ranking dos mais pesquisados.

É interessante notar que, à exceção de Dino, que foi juiz e governador do Maranhão antes de chegar à Esplanada dos Ministérios, os demais chegaram a disputar a Presidência da República e já são mais conhecidos da população.

Alckmin chega a passar Dino no começo do ano, mas titular da Justiça mantém liderança. Imagem: Google Trends
Alckmin chega a passar Dino no começo do ano, mas titular da Justiça mantém liderança. Imagem: Google Trends

Dino, campeão das buscas

O futuro ministro do Supremo teve alguns momentos de alta concentração de buscas. O primeiro deles na semana do 8 de janeiro, em que coordenou, da Esplanada dos Ministérios, a contenção dos invasores bolsonaristas às sedes dos Três Poderes. O segundo, em março, aconteceu quando Flávio Dino visitou o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Na ocasião, bolsonaristas espalharam nas redes sociais que o ministro havia ido à comunidade sem um esquema de segurança. O deputado Eduardo Bolsonaro chegou a sugerir, em um vídeo nas redes sociais, uma suposta ligação de Dino com o tráfico. O governo rebateu falando do esquema de segurança montado para a visita.

Convocado diversas vezes para participar de audiências no Congresso, Dino também gerou interesse em maio, quando foi à Comissão de Segurança Pública do Senado para prestar informações sobre sua gestão no Ministério da Justiça. A convocação veio de um requerimento do senador Magno Malta (PL-ES). Na ocasião, o ministro teve embates verbais com vários bolsonaristas, entre eles Marcos do Val (Podemos-ES), a quem ironizou: “Se o senhor é da Swat, eu sou dos Vingadores”. A fala gerou diversos memes.

Já no fim do ano, Dino concentrou as atenções dos internautas em dois momentos: quando seu nome foi anunciado por Lula como indicado ao Supremo Tribunal Federal, no fim de novembro, e quando foi sabatinado e aprovado pelos senadores, no dia 13 de dezembro.

Os picos de interesse nos demais ministros

O maior interesse em buscas por Fernando Haddad, titular da Fazenda, foi logo após sua posse, no dia 2 de janeiro. Além do discurso inicial, em que falou sobre ajuste nas contas públicas e criticou o governo anterior, um ruído sobre uma moeda única do Mercosul gerou pesquisas na internet. Outros momentos com maior volume de buscas aconteceram em junho, com o lançamento do programa Desenrola, e em outubro, quando Lula contrariou o ministro em relação à meta de zerar o déficit da União no próximo ano.

O início do ano também concentrou as buscas pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin. Antigo adversário do petista, o tucano participou da posse ao lado da mulher, Lu Alckmin. Na ocasião, um detalhe chamou atenção dos internautas: Alckmin usou uma gravata vermelha, cor associada ao PT, enquanto Lula escolheu uma gravata azul, cor associada ao PSDB, partido de origem do vice.

O mesmo período também concentrou as buscas pela ministra Simone Tebet. Candidata derrotada na eleição de 2022, Tebet decidiu apoiar Lula no segundo turno e gerou expectativas sobre como atuaria uma vez dentro do governo.

As buscas por Marina Silva, do Meio Ambiente, também foram altas no início do mandato, mas tiveram dois outros picos. Um deles em maio, quando o Congresso impôs várias derrotas à pauta ambiental e começou a ser discutida a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, gerando uma crise entre a ministra e o governo. O segundo, em dezembro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP 28)

Barulho na saída

O ranking preparado pelo Google Trends mostra ainda que, mesmo fora do ministério, a ex-ministra Ana Moser (Esportes) conquistou o 11º lugar no volume de buscas entre janeiro e 12 de dezembro deste ano. O pico de interesse aconteceu em 6 de setembro, quando ela deixou a Pasta. A troca aconteceu para acomodar um nome do Centrão, André Fufuca (PP-AL), e facilitar as negociações do governo Lula no Congresso, mas gerou críticas por ser política, não técnica, e reduzir ainda mais o número de mulheres no primeiro escalão.

Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Marco Edson Gonçalves Dias foi o 13º mais pesquisado. O pico de interesse aconteceu em abril, quando GDias pede demissão após um vídeo confirmar sua presença no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A íntegra das imagens, liberadas por decisão do Supremo, mostra uma ação colaborativa de agentes com golpistas e a presença do então ministro no terceiro andar enquanto o prédio estava sendo depredado. O fato foi fundamental para a criação da CPI sobre os atos golpistas no Congresso.

Veja abaixo a tabela com os 20 nomes de destaque no mecanismo de busca

1. Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública)

2. Fernando Haddad (Fazenda)

3. Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio)

4. Simone Tebet (Planejamento e Orçamento)

5. Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas)

6. Silvio Almeida (Direitos Humanos)

7. Anielle Franco (Igualdade Racial)

8. Margareth Menezes (Cultura)

9. Rui Costa (Casa Civil)

10. José Múcio Monteiro (Defesa)

11. Ana Moser (ex-Esportes)

12. Camilo Santana (Educação)

13. Gonçalves Dias (ex-Gabinete de Segurança Institucional)

14. Nísia Trindade (Saúde)

15. Juscelino Filho (Comunicações)

16. Alexandre Padilha (Relações Institucionais)

17. Sônia Guajajara (Povos Indígenas)

18. Daniela Carneiro (ex-Turismo)

19. Luiz Marinho (Trabalho)

20. Márcio França (Empreendedorismo)

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