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Mesmo com "não" de Macron, Lula diz que vai insistir em acordo entre Mercosul e UE

Presidente quer apoio da Alemanha para convencer França e Argentina a assinar acordo entre blocos, em negociação desde 1999

Mesmo com "não" de Macron, Lula diz que vai insistir em acordo entre Mercosul e UE
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta 2ª feira (4.dez), que ainda tem esperança na assinatura do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE). Lula está em Berlim, onde se reuniu com o Chanceler Olaf Scholz e assinou uma Declaração Conjunta de Intenções entre Brasil e Alemanha. 

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Durante entrevista coletiva, Lula foi questionado pelo SBT, e comentou sobre as dificuldades nas negociações para a assinatura do acordo entre os dois blocos, sobretudo pela oposição do presidente da França, Emmanuel Macron, que definiu o documento, negociado desde 1999, como "defasado" e "mal remendado"

"Na próxima 5ª feira na cúpula do Mercosul teremos um momento decisivo nessa negociação. Reiterei ao chanceler a expectativa de que a UE decida se tem ou não interesse na conclusão de um acordo equilibrado num contexto de fragmentação geopolítica, a aproximação das nossas regiões é central para a construção de um mundo multipolar e o fortalecimento do multilateralismo", disse. 

Lula também disse respeitar a posição francesa e que essa postura contrária ao acordo antecede a entrada de Macron na presidência do país. O presidente ainda afirmou que não irá desistir de negociar para conseguir o acordo de livre comércio entre os dois blocos.

"Eu só posso dizer para você que não vai ter assinatura [do acordo] na hora que terminar a reunião do Mercosul, em que eu tiver o não. Enquanto eu puder acreditar que é possível fazer esse acordo, eu vou lutar para fazer. Depois de 23 anos, se a gente não concluir o acordo, é porque, eu penso que nós estamos sendo irrazoáveis com as necessidades que nós temos de avançar nos acordos comerciais, políticos e econômicos", afirmou o presidente.

Além de Macron, outro presidente resistente à assinatura do acordo é o recém-eleito, na Argentina, Javier Milei. Lula disse que o premiê alemão poderia ajudar a convencer Milei e Macron a assinarem o acordo e Scholz disse estar "otimista" em um desfecho positivo para uma parceria entre Mercosul e União Europeia.  "Quem sabe o chanceler Olaf Scholz consiga falar com o nosso companheiro presidente da Argentina, quem sabe consiga convencer o Macron ainda", continuou.

Reunião
Brasil e Alemanha assinaram nesta 2ª feira (4.dez) uma Declaração Conjunta de Intenções, que menciona possíveis acordos entre os dois países em diversas áreas políticas e econômicas. O encontro para este tipo de acordo entre os dois países não ocorria desde 2015. 

"Adotamos a parceria para uma transformação ecológica e socialmente justa. Vamos reforçar a robusta cooperação na área ambiental que inclui o Fundo Amazônia e muitos outros projetos. Queremos atuar juntos na industrialização verde, agricultura de baixo carbono e bioeconomia. Explique ao Chanceler Scholz a meta de zerar o desmatamento até 2030 e combater os ilícitos ambientais. Só em 2023 diminuirmos o desmatamento à Amazônia em quase 50%", disse Lula. 

Acordo
O acordo entre Mercosul e a UE é negociado desde 1999. Em 2019 foi iniciada uma fase de revisão, mas, até o momento, os dois grupos não conseguiram um entendimento.

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