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"Politicamente, mais importante do que uma Copa do Mundo", diz Lula sobre presidência do G20

Reunião com ministros, Lula e Barroso marcou instalação de comissão nacional para coordenar atuação brasileira à frente do grupo

"Politicamente, mais importante do que uma Copa do Mundo", diz Lula sobre presidência do G20
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, nesta 5ª feira (23.nov), da instalação de uma comissão nacional que vai coordenar a atuação do Brasil à frente do G20, bloco internacional que reúne 19 países, a União Europeia e a União Africana. O petista disse que a presidência do grupo representa uma "taréfa árdua" e que "do ponto de vista político, é mais importante do que uma Copa do Mundo".

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Em encontro com ministros e presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, Lula abriu a reunião fazendo um aceno ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

"E a novidade para quem achava que o Banco Central não participava de reunião... O Roberto Campos está aqui cumprindo tarefa, tanto quanto a nossa, de participar dos compromissos do G20", falou.

Frentes de atuação do Brasil no G20

Lula reforçou que a liderança do grupo "é o mais importante evento internacional" do qual o Brasil vai assumir a responsabilidade. O país deve atuar em três frentes: combate à desigualdade, fome e pobreza, questão climática e transição energética e governança mundial. Haverá, ainda, uma iniciativa de bioeconomia.

"Não é mais humanamente explicável um mundo tão rico, com tanto dinheiro atravessando os atlânticos, ter tanta gente passando fome", lamentou o petista. "Se apresenta ao Brasil a oportunidade de mostrar ao mundo que quem quiser utilizar energia verde para produzir, o país é o porto seguro para que as pessoas possam vir aqui, fazer seus investimentos, fazer com que se transforme definitivamente num país desenvolvido", explicou.

Ao falar de governança mundial, Lula criticou a atuação de instituições financeiras internacionais: "Não é possível que continuem funcionando como se nada estivesse acontecendo no mundo, como se tudo estivesse resolvido".

Participação popular e "trabalho dobrado" de ministros

O presidente brasileiro também afirmou que quer fazer da cúpula do G20 um "grande evento de participação popular". "Sem nenhum veto a qualquer segmento da sociedade. Pra participar e construir propostas", detalhou.

Citando sugestão de Lira, Lula disse que haverá um encontro de parlamentares mulheres. "As mulheres vão ser muito empoderadas neste G20. Vamos instalar um grupo de trabalho sobre empoderamento", anunciou.

"Do ponto de vista político, é mais importante do que uma Copa do Mundo", falou, em referência à responsabilidade de dirigir o bloco.

Dirigindo-se aos ministros, o presidente fez cobranças e disse que terão que "trabalhar mais do que já estão trabalhando". "Se virar em dois ou em duas. Se este primeiro ano foi de reconstrução das coisas que tivemos que recolocar no lugar, o ano que vem é o ano de a gente colocar o pé na estrada, visitar este país, conversar com prefeitos, governadores, deputados, senadores e, sobretudo, com o povo", completou.

"É uma tarefa árdua. É a nossa primeira vez. Não temos experiência. Vamos adquirir com quem já fez o G20. Espero que vocês deem o seu melhor, como diz um jogador, pra que a gente possa colher o mais melhor", finalizou Lula. 

Presidência brasileira do G20

O Brasil assume a liderança do grupo em 1º de dezembro e seguirá à frente do G20 até 30 de novembro de 2024. Nos dias 18 e 19 de novembro do ano que vem, no Rio de Janeiro, está prevista a realização da 19ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo.

Ontem, Lula participou de uma cúpula virtual que marcou o fim da presidência da Índia no G20. Em discurso, pediu uma "saída política e duradoura" para a guerra entre Israel e Hamas. 

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