Governo estima que PIB crescerá mais de 3% em 2023, diz Haddad
Banco Central elevou projeção de crescimento do Produto Interno Bruto
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 5ª feira (28.set) que o Governo Federal estima um crescimento acima de 3% para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2023. A declaração foi dada em entrevista a jornalistas.
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Relatório de Inflação divulgado pelo Banco Central (BC) nesta 5ª mostra que a entidade elevou a projeção de crescimento do PIB neste ano: no relatório anterior, o BC previa uma alta de 2%, mas, agora, estima 2,9%.
Diante da mudança, Haddad pontuou, na entrevista: "E deve subir um pouquinho mais, eu acredito. A nossa projeção já está superior a 3. Cada um tem uma metodologia, mas está tudo convergindo para a mesma coisa. Se você considerar as divergências do começo do ano, um dizia que iria ter recessão, outro dizia que iria crescer 1, nós dizíamos que iria crescer 2, e todo mundo estava errado, porque vai crescer 3".
Depois, ele afirmou que o governo projeta, atualmente, uma alta "um pouquinho acima" de 3% no ano.
Reunião com Lira
Haddad se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta 5ª. Após o encontro, em outra entrevista a jornalistas, o ministro disse que Lira deve anunciar hoje o relator da Medida Provisória (MP) que taxa fundos exclusivos e que esse tema e o Projeto de Lei (PL) das Offshores e Trust devem ser tratados no "mesmo diploma legal". Dessa forma, teriam o mesmo relator.
Ainda de acordo com Haddad, assim que Lira anunciar o nome deste, o Ministério da Fazenda agendará as conversas técnicas com o relator para acertar textos e "tudo mais".
Na mesma entrevista, o ministro disse que, na próxima semana, deve começar a interagir com as bancadas e com os líderes para verificar se conseguirão "cumprir a meta de votar em outubro a reforma tributária no Senado e promulgar até o final deste ano".
Reforma tributária
Haddad afirmou hoje que, na 4ª feira (27.set), acertou o senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da reforma tributária, uma agenda de negociações com as bancadas para formar maioria pela aprovação do texto. "Então vamos ver como o Senado reage às contribuições recebidas. Mas eu creio, assim, o senador Eduardo Braga está muito antenado com tudo que foi e apoia muito a reforma tributária. Ele, o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, há um apoio grande da parte das lideranças do Senado. Mas nós temos que formar maioria, como formamos na Câmara", complementou.
Ele prosseguiu: "O objetivo nosso é melhorar o projeto da Câmara. Em relação a excepcionalidades, em relação àquilo tudo, para conformar o sistema mais moderno. Mas eu continuo confiante de que nós podemos até final de outubro ter uma votação expressiva no Senado. Se houver alteração, volta para a Câmara para o arremate final, mas nós temos condições de votar a reforma tributária este ano e promulgá-la este ano".