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Bolsonaro "abriu portas para ilícitos ambientais e crime organizado", diz Lula

Presidente discursou durante Cúpula da Amazônia, reunião com 8 países que têm a floresta em seus territórios

Bolsonaro "abriu portas para ilícitos ambientais e crime organizado", diz Lula
Lula com representantes dos países membros da OTCA
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em um segundo discurso feito na Cúpula da Amazônia, na manhã desta 3ª feira (8.ago), que Jair Bolsonaro (PL) abriu as portas da floresta amazônica "para os ilícitos ambientais e o crime organizado".

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"A crise política que se abateu sobre o Brasil levou ao poder um governo negacionista com consequências nefastas. Meu antecessor abriu as portas para os ilícitos ambientais e o crime organizado. Os índices de desmatamento voltaram a crescer. Suas políticas beneficiaram apenas uma minoria que visa o lucro imediato", disse Lula.

O petista criticou o governo de seu antecessor, destacando que o Brasil virou "um pária entre as nações". Ele também lembrou as perseguições e mortes de lideranças ambientais e indígenas nos últimos quatro anos.

"Os que sempre atuaram em prol da preservação ambiental e dos direitos humanos foram perseguidos e atacados. Perdemos, de forma violenta, diversas lideranças que lutaram contra a destruição e o descaso. Os que mais sofreram foram os indígenas e outros povos tradicionais", declarou o presidente.

Essa página, segundo Lula, foi virada a partir de sua eleição. O presidente citou a criação do Ministério dos Povos Indígenas, comandado por uma indígena - a ministra Sônia Guajajara - e a redução nos alertas de desmatamento na Amazônia, registrada pelo Inpe, como sinais da mudança.

"Felizmente, pela decisão soberana do povo brasileiro e seu compromisso com a democracia, conseguimos virar essa triste página da nossa história", afirmou o mandatário.

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Abertura da Cúpula da Amazônia

Em seu primeiro pronunciamento, durante a abertura da Cúpula, Lula destacou que "nunca foi tão urgente retomar e ampliar" a cooperação entre os oito países que têm a floresta amazônica em seus territórios (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela). O presidente brasileiro destacou ainda que a reunião tem três grandes propósitos:

Discutir e promover uma nova visão de desenvolvimento sustentável e inclusivo na região, combinando a proteção ambiental com a geração de empregos dignos e a defesa dos direitos de quem vive na Amazônia;

Medidas para o fortalecimento da Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA);

Fortalecer o lugar dos países detentores das florestas tropicais na agenda global, em temas que vão do enfrentamento à mudança do clima à reforma do sistema financeiro internacional.

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O que é a Cúpula da Amazônia?

A Cúpula da Amazônia, que acontece nos dias 8 e 9 de agosto, em Belém, no Pará, faz parte da retomada das políticas públicas para a região amazônica. O evento conta com a presença de líderes dos oito países que possuem território amazônico - Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além de representantes de outras seis nações, como Congo, França, Alemanha e Noruega.

Segundo o Governo Federal, o principal objetivo é produzir uma posição de consenso a respeito da floresta amazônica, impedindo-a que chegue ao ponto de inflexão. O documento com esta posição será entregue pelas autoridades brasileiras aos 193 Estados-membros no debate geral da Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorrerá em setembro de 2023, à Conferência das Mudanças Climáticas (COP-28) e a outros fóruns internacionais.

No mesmo período em que acontece a Cúpula, especialistas, ativistas, organizações de povos indígenas e comunicadores se reúnem para a Assembleia dos Povos da Terra para a Amazônia. A ideia é influenciar os participantes da Cúpula da Amazônia sobre discussões necessárias e acordar um processo para salvar a Amazônia da atividade humana e das alterações climáticas, bem como conter as violações dos direitos dos povos indígenas.

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