"Materializa que havia planejamento", diz Dino sobre minuta
Ministro afirma que documento encontrado pela PF estará na investigação dos atos terroristas
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que a minuta encontrada na casa do ex-chefe da pasta, Anderson Torres, pode estar associada aos ataques terroristas do último domingo. Segundo o ex-governador do Maranhão, o documento estará na investigação dos atos.
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Como noticiou o SBT News, na última 2 feira (12.jan), a Polícia Federal encontrou na casa de Torres uma minuta para o ex-presidente Jair Bolsonaro mudar o resultado das eleições de 2022.
"O documento configura um elemento fundamental de causa e efeito. O documento é um anexo de uma relação de eventos que se inaugurou no dia 30 de outubro até 8 de janeiro. Então, o documento é uma espécie de elo perdido, entre uma sucessão de eventos, mostrando que não são casos isolados e sim que havia um planejamento, o documento materializa que havia um planejamento mas nós não temos certeza da autoria", declarou o Dino durante coletiva de imprensa.
Ainda segundo Dino, Torres poderá explicar a origem documento quando retornar aí Brasil: "Aí sim outra linha de investigação será feita pela Polícia Federal", disse.
Punição de militares
Ao ser questionado sobre a punição de militares envolvidos nos atos, Dino disse que "é óbvio que houve adesão de alguns".
"É indiscutível a adesão de alguns integrantes da força de segurança. É indiscutível que eles ajudaram no evento. Estamos diante de uma rede que envolveu a participação voluntária ou de omissos. Isso está na investigação", disse o ministro.