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Milton Ribeiro sai do Ministério da Educação

Ministro deixa o cargo após série de denúncias de supostos favorecimentos do MEC a pastores

Milton Ribeiro sai do Ministério da Educação
Milton Ribeiro
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Milton Ribeiro, pediu exoneração do Ministério da Educação nesta 2ª feira (28.mar). A saída do comando do MEC por parte do agora ex-ministro veio após divulgação de uma série de denúncias sobre supostos favorecimentos da pasta a pastores, além de pedidos de propina a prefeitos, que teriam sido feitos para o recebimento de verbas da Educação.

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A saída do comando da pasta foi confirmada em publicação no Diário Oficial da União, publicada na tarde desta 2ª. A saída do titular da pasta, feita a pedido dele, veio em um período turbulento, e deixa para o governo a missão de nomear o quinto ministro do governo.

milton ribeiro
Decreto que oficializa a saída de Milton Ribeiro do MEC | Reprodução/Diário Oficial 

A saída do agora ex-ministro foi solicitada por ele, em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Um outro documento também foi compartilhado por ele em rede social, como defesa para ter deixado a pasta. No comunicado, ele pede a investigação "com profundidade" das suspeitas e afirma ter "plena convicção de que jamais praticou qualquer ato de gestão que não fosse pautado pela legalidade, pela probidade e pelo compromisso com o erário".

"Decidi solicitar ao presidente Bolsonaro a exoneração do cargo de ministro, a fim de que não paire nenhuma incerteza sobre minha conduta e do governo federal. Meu afastamento visa, mais do que tudo, deixar claro que quero uma investigação completa e isenta", diz Ribeiro na carta.

+ Milton Ribeiro fala sobre demissão: "Para que não paire nenhuma incerteza"

A saída de Ribeiro vem em um período de turbulências sobre a sua conduta no Ministério da Educação. Denúncias divulgadas inicialmente pelo jornal O Estado de S. Paulo revelaram que pastores, sem cargo público ou vinculação, influenciaram em decisões do MEC.

Prefeitos que eram apresentados por Gilmar Silva dos Santos, líder do Ministério Cristo para Todos -- vertente da igreja evangélica da Assembleia de Deus, e pelo pastor Arilton Moura, tinham prioridade no recebimento de verbas da pasta.

Dias depois, a Folha de S. Paulo publicou um áudio em que o ministro sugere que uma das prioridades da pasta é atender "todos os que são amigos" do pastor Gilmar dos Santos, líder do Ministério Cristo para Todos -- vertente da igreja evangélica da Assembleia de Deus. A decisão, segundo o suposto áudio, atende a um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Mudanças no MEC

Milton Ribeiro foi o quinto ministro da Educação do governo Bolsonaro. O primeiro a comandar a pasta foi Ricardo Vélez, em 2019, que deixou o MEC após três meses de governo. Sua passagem foi marcada por uma grande troca de secretários e membros do MEC. 

Em seu lugar assumiu Abraham Weintraub, que foi exonerado em junho de 2020, após pouco mais de um ano no cargo. Ele deixou o ministério em meio a polêmicas sobre a condução da pasta e com o Supremo Tribunal Federal (STF). Para substituí-lo, foi nomeado Carlos Decotelli, que ficou apenas cinco dias no MEC, dando lugar a Milton Ribeiro.
 

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