Bolsonaro confirma viagem à Rússia em meio a tensões no leste europeu
Presidente afirma que Brasil depende de fertilizantes russos
Enquanto crescem as tensões no leste europeu, o presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou, neste sábado (12.fev), que viajará à Rússia na próxima 2ª feira (14.fev). A viagem tem sido alvo de críticas, já que a Rússia vive uma crise com a Organização do Tratatado do Atlântico Norte (Otan), liderada pelos Estados Unidos.
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O gesto do Brasil é visto pela diplomacia como um apoio ao presidente russo Vladimir Putin, em detrimento dos Estados Unidos, da Ucrânia e da União Europeia.
Durante transmissão ao vivo em rede social, Bolsonaro disse neste sábado que foi convidado por Putin. Além disso, afirmou que o Brasil depende dos fertilizantes da Rússia.
"Fui convidado pelo presidente Putin. O Brasil depende de grande parte de fertilizantes da Rússia, da Bielorrússia. Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos que interessam ao nosso país", disse o presidente.
"A gente pede a Deus que reine a paz no mundo para o bem de todos nós", acrescentou.
Em dezembro, quando anunciou o convite ao presidente brasileiro, Vladimir Putin disse que "o Brasil é um dos mais importantes parceiros estratégicos da Rússia. Nós trabalhamos juntos no Brics e no G20. Considerando que em 2022 e 2023, o país terá o status de membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU, nós vamos intensificar a nossa cooperação em assuntos da agenda global".
Os Estados Unidos têm uma postura mais agressiva e a Ucrânia não abre mão de fazer parte da aliança militar, algo que os russos consideram uma declaração de guerra.
Antes da chegada de Bolsonaro, Vladimir Putin vai se reunir com o chanceler alemão. O presidente brasileiro deverá estar na Rússia no momento mais tenso da crise. Na 6ª feira (11.fev), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil divulgou uma nota para comemorar os 30 anos de relações diplomáticas com a Ucrânia.