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"Nossa condição hidroenergética se agravou", afirma Bento Albuquerque

Em pronunciamento, ministro de Minas e Energia voltou a apelar para todos os cidadãos reduzirem consumo

"Nossa condição hidroenergética se agravou", afirma Bento Albuquerque
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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, admitiu nesta 3ª feira (31.ago) que a condição hidroenergética do Brasil "se agravou" e voltou a pedir à população para reduzir o consumo de energia elétrica. A declaração foi feita em pronunciamento na rede nacional de rádio e TV.

"Para aumentarmos nossa segurança energética e afastarmos o risco de falta de energia no horário de maior consumo, é fundamental que a Administração Pública, em todas as suas esferas, e cada cidadão-consumidor, nas residências e nos setores do comércio, de serviços e da indústria, participemos de um esforço inadiável de redução do consumo", pontuou o ministro.

Segundo ele, a escassez de chuva na região sul do país foi pior que o previsto, fazendo com que os níveis dos reservatórios das hidrelétricas do sudeste e centro-oeste tivessem reduções maiores. Em suas palavras, "esta perda de geração hidrelétrica equivale a todo o consumo de energia de uma grande cidade como, por exemplo, o Rio de Janeiro, por cerca de cinco meses".

Bento Albuquerque citou ainda medidas adotadas pelo Governo Federal na tentativa de manter o abastecimento de energia, entre as quais a orientação para que os órgãos federais reduzam o consumo em 20%, o lançamento do programa de redução voluntária da demanda por parte de grandes consumidores e o bônus para os consumidores regulados que economizarem.

Para justificar novo aumento na conta de luz, citou também o acionamento de termelétricas e a importação de energia, devido à crise hídrica. Próximo ao final da fala, o ministro acrescentou que demorará para os reservatórios das hidrelétricas se recuperarem.

Veja o pronunciamento na íntegra:

Senhoras e Senhores, boa noite!

Em junho passado, compartilhei informações importantes sobre a seca que o País tem enfrentado, a pior da história do Brasil, e sobre a preocupante escassez de água que atinge nossas hidrelétricas. Trata-se de um fenômeno natural que também ocorre, com a mesma intensidade, em muitos outros países.

Hoje, eu me dirijo novamente a todos para informar que a nossa condição hidroenergética se agravou. O período de chuvas na região Sul foi pior que o esperado. Como consequência, os níveis dos reservatórios de nossas usinas hidrelétricas das Regiões Sudeste e Centro Oeste sofreram redução maior do que a prevista. Esta perda de geração hidrelétrica equivale a todo o consumo de energia de uma grande cidade como, por exemplo, o Rio de Janeiro, por cerca de 5 meses.

Para enfrentarmos essa situação excepcional e garantir o fornecimento de energia, estamos utilizando todos os recursos disponíveis e tomando medidas extraordinárias. Com pouca água nos reservatórios das hidrelétricas, tivemos que aumentar, significativamente, a geração de energia nas nossas termelétricas e estamos importando energia de países vizinhos.

Como todos os recursos mais baratos já estavam sendo utilizados, esta eletricidade adicional proveniente de geração termelétrica e de importação de energia custará mais caro.

Além disso, para aumentarmos nossa segurança energética e afastarmos o risco de falta de energia no horário de maior consumo, é fundamental que a Administração Pública, em todas as suas esferas, e cada cidadão-consumidor, nas residências e nos setores do comércio, de serviços e da indústria, participemos de um esforço inadiável de redução do consumo.  O empenho de todos nesse processo é fundamental para que possamos atravessar, com segurança, o grave momento energético que nos afeta, para atenuar os impactos no dia a dia da população e também para diminuir o custo da energia.

Estabelecemos medidas de incentivo à participação da sociedade nesse esforço conjunto, a exemplo do que outros países fazem. O Governo já orientou a redução do consumo dos Órgãos Federais em 20%. Incentivamos os grandes consumidores a contribuir com a redução voluntária do consumo nas horas de ponta do sistema, reduzindo a necessidade de uso de recursos mais caros. Incentivamos igualmente os consumidores residenciais, comerciais e de serviços a também participar desse esforço. A título de exemplo, uma redução média de 12% no consumo residencial equivaleria ao suprimento de nada menos que 8,6 milhões de domicílios. Podemos conseguir até mais, eliminando todo o desperdício no consumo de energia, desligando luzes e aparelhos que não estão em uso, aproveitando mais a luz natural, reduzindo a utilização de equipamentos que consomem muita energia como chuveiros elétricos, condicionadores de ar e ferros de passar. E o mais importante:  dando preferência para o uso desses equipamentos durante o período da manhã e nos finais de semana. Os consumidores que aderirem a este chamado e economizarem energia, serão recompensados e poderão ter redução na sua conta de luz.

Necessitaremos recuperar nossos reservatórios. Isso vai levar tempo, pois dependemos, além do empenho de todos nós, também, das chuvas. É por isso que, nesse momento de escassez, precisamos, mais do que nunca, usar nossa água e nossa energia de forma consciente e responsável.

Com esse esforço, aliado ao conjunto de medidas que o governo federal vem adotando, seremos capazes de enfrentar essa conjuntura desafiadora. Uma conjuntura que será tão mais favorável quanto mais rápida, intensa e abrangente for a mobilização da sociedade para enfrentá-la.

Muito obrigado!

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