Moro reproduz crítica de ex-ministro militar a Bolsonaro sobre vacina
General Alberto Santos Cruz criticou que as pesquisas da Coronavac sejam usadas politicamente
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O ex-ministro Sérgio Moro reproduziu nesta 4ª feira (11.nov) uma crítica ao presidente Jair Bolsonaro feita pelo general Alberto Santos Cruz, seu ex-colega de governo. Santos Cruz havia classificado como "vergonha" e "sem classificação" a resposta entusiasmada do presidente à suspensão dos testes da Coronavac, vacina pesquisada pelo Instituto Butantan.
Moro reproduziu o comentário do general e disse que "poderia falar sobre a polêmica", mas preferia reproduzir "um general muito respeitado por todos os militares".
Santos Cruz era chefe da Secretaria de Governo, um cargo com status de ministro que despachava do Planalto e tinha a Secretaria de Comunicação da Presidência da República sob seu guarda-chuva. Foi afastado da função em 13 de junho de 2019 em tensão com o secretário de Comunicação do Planalto, Fábio Wajngarten, e sob ataque do escritor Olavo de Carvalho, na época considerado um guru ideológico do governo.
Moro deixou o governo Bolsonaro em 24 de abril de 2020, alegando interferência política indevida do presidente da República na Polícia Federal.
A mensagem de Moro, que coloca Santos Cruz como "general muito respeitado por todos os militares", também pode ser entendida como uma alfinetada nos representantes das Forças Armadas que seguem no governo.
Moro reproduziu o comentário do general e disse que "poderia falar sobre a polêmica", mas preferia reproduzir "um general muito respeitado por todos os militares".
Poderia falar sobre a polêmica envolvendo a vacina coronavac, mas prefiro retweetar um general muito respeitado por todos os militares. É mais do que o suficiente. https://t.co/6633rXK8y1
? Sergio Moro (@SF_Moro) November 11, 2020
Santos Cruz era chefe da Secretaria de Governo, um cargo com status de ministro que despachava do Planalto e tinha a Secretaria de Comunicação da Presidência da República sob seu guarda-chuva. Foi afastado da função em 13 de junho de 2019 em tensão com o secretário de Comunicação do Planalto, Fábio Wajngarten, e sob ataque do escritor Olavo de Carvalho, na época considerado um guru ideológico do governo.
Moro deixou o governo Bolsonaro em 24 de abril de 2020, alegando interferência política indevida do presidente da República na Polícia Federal.
A mensagem de Moro, que coloca Santos Cruz como "general muito respeitado por todos os militares", também pode ser entendida como uma alfinetada nos representantes das Forças Armadas que seguem no governo.
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