"Falei demais": Bolsonaro pede desculpas por ofensas "não intencionais"
Presidente se reuniu nesta 5ª feira com deputados e governadores reeleitos do PL
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, disse nesta 5ª feira (6.out) que "falou demais" durante sua gestão e pediu desculpas por ofender "algumas pessoas de forma não intencional". O chefe do Executivo estava reunido com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deputados federais e governadores reeleitos do PL.
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"Nós nunca nos omitimos, mesmo com o desgaste. Falei demais muitas vezes, reconheço. Ofendi algumas pessoas de forma não intencional, me desculpe. Mas é o calor de uma luta da vida contra a morte", disse, enquanto falava sobre medidas tomadas sem seu governo durante a pandemia da covid-19.
"As decisões não são fáceis e trago comigo um ensinamento militar: 'Pior do que uma decisão mal tomada é uma indecisão'", declarou Bolsonaro.
O presidente vai enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das Eleições 2022, no próximo dia 30 de outubro. Na disputa pela reeleição, Bolsonaro teve 43,20% dos votos válidos e, agora, busca fortalecer suas alianças.
Congresso "conservador"
Nesta 5ª, Bolsonaro voltou a mencionar o desempenho de seu partido, o PL, nas eleições. A legenda do presidente será a maior bancada do Congresso Nacional a partir de 2023. Para a Câmara, a legenda conseguiu eleger 99 deputados federais e se torna a maior bancada da Casa em 24 anos. No Senado, a sigla vai ocupar 14 cadeiras.
Segundo Bolsonaro, os congressistas eleitos no primeiro turno farão parte de um Legislativo com "muito mais chance de aprovar coisas com mais facilidade e mais agilidade". O presidente da Câmara Arthur Lira, reeleito deputado federal em Alagoas, também disse que o Congresso agora é o que a população quer para os próximos anos.
"Um Congresso conservador, dando um norte para um caminho que já está asfaltado. Esse Congresso foi eleito para a continuidade do governo Bolsonaro", disse o deputado.
Jair Bolsonaro também exaltou ações de seu governo e fez críticas aos seus adversários, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice de sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB). Bolsonaro disse está marcada uma "guerra" para o dia 30 de outubro, quando ocorrerá o segundo turno. "Temos uma guerra marcada, dia 30 [de outubro]. Temos que conversar com o pessoal de chão de fábrica, as pessoas mais humildes", afirmou.
Eleitorado feminino
Ao final, em mais um gesto para tentar diminuir a rejeição entre o público feminino, Bolsonaro reuniu mulheres aliadas de seu governo para falarem com a imprensa. A primeira dama Michelle Bolsonaro disse estar "saindo da zona de conforto" para participar da campanha do marido.
"Prefiro ser mãe, esposa, ajudadora, porque essa é o papel da mulher, mas, se Deus quer assim, vou pedir para ele me dar sabedoria", afirmou Michelle.