Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, declara voto em Lula no 2º turno
Economista presidiu BC no governo Fernando Henrique Cardoso e diz que com Bolsonaro "riscos aumentaram"
O economista Armínio Fraga anunciou nesta 3ª feira (04.set) que desistiu de votar nulo no segundo turno das eleições, no próximo dia 30 de outubro, e declarou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concorre com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Armínio presidiu o Banco Central durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, entre 1999 e 2002, e foi nome importante na gestão de FHC.
"Vou declarar apoio a Lula. Pensei em anular para indicar pouca confiança nos dois finalistas, pensando nas oportunidades desperdiçadas pelo PT no poder. Não vejo uma margem suficiente e, como já disse, os riscos aumentaram", disse Armínio em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.
Apesar de até então não ter declarado voto a nenhum dos candidatos ao Planalto, o economista já tinha manifestado posição crítica ao governo de Jair Bolsonaro.
No último dia 11 de agosto, em ato de defesa à democracia organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Armínio Fraga leu os manifestos e, na ocasião, declarou que o caminho do desenvolvimento passa pelo respeito à democracia.
"As sociedades mais prósperas do planeta - aquelas onde reina a liberdade, a solidariedade, a prosperidade - são todas democracias. Todas. Nós vivemos hoje em um mundo onde ameaças autoritárias e populistas às vezes nos assustam. Nós já vivemos isso no passado, e não é novidade", afirmou o ex-presidente do BC no evento, em agosto.
