Após janela partidária, 3ª via volta a discutir nome único ao Planalto
PSDB, MDB e União Brasil terão nova reunião na próxima semana para buscar consenso
Os dirigentes do PSDB, MDB e União Brasil terão nova reunião, na semana que vem, para negociar um nome único de presidenciável de terceira via. A princípio, não há sinalização de participação do Podemos nas conversas.
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O cenário político do encontro tem novos elementos. Além da troca de partido de Sergio Moro (União), que já não sabe se é presidenciável, e da volta de Eduardo Leite (PSDB) à briga, as siglas avaliam o próprio tamanho pós fechamento da janela de troca-troca partidário.
Era justamente essa movimentação entre as legendas que que principalmente o PSDB e o União aguardavam para saber como ficarão os arranjos estaduais, que terminam impactando na composição do palanque nacional para se apresentar como contraponto ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O PSDB, que em 2018, sofreu sua maior derrota na corrida presidencial, sem nem sequer conseguir ir ao segundo turno da disputa, não conseguiu, até o momento apoio para João Doria ser o nome da terceira via. O partido enfrenta uma crise interna, que não dá sinais de superação.
Para o cientista político, professor da FGV de São Paulo, Claudio Couto, o problema do PSDB é o partido foi formado por fortes lideranças, mas seus caciques não se entendem mais.
"Se a gente pensar no partido, na sua origem. Mario Covas, Franco Montoro, FHC, José Serra, José Richa, ou seja, nasceu com muitas lideranças, Tasso Jereissati, um pouco depois. E sempre teve esse grande número de caciques. No momento que ganha um governo o FHC tem uma ascendência sobre os demais. O grande problema que o PSDB enfrenta é ter caciques que são inimigos mortais e aí nessa situação é muito pouco provável que o partido prospere e seja um partido forte", avaliou.