"Radicalismo, para mim, é a cidade mais rica do país ter gente que revire o lixo pra comer", rebate Boulos
Após Covas falar em radicalismo, Boulos fala em esperança e diz ter derrotado Bolsonaro e que vai vencer Doria
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O primeiro embate entre Guilherme Boulos (PSOL) e Bruno Covas (PSDB) aconteceu no pronunciamento após a apuração dos votos. Em resposta a Covas, que disse que vencerá o "radicalismo" no segundo turno, o candidato do PSOL disse que "radicalismo" é a fome na maior cidade do país. "Radicalismo para mim é a cidade mais rica do país ter gente revirando o lixo para ter que comer. Radicalismo é no meio de uma pandemia manter hospitais fechados, ou parcialmente abertos".
Ao lado de sua companheira Natalia Szermeta, o psolista agradeceu os eleitores. "Eu quero agradecer a todos que hoje foram às urnas e votaram com esperança. Depositaram sonhos nas urnas e não ódio", comentou Boulos. Nacionalizando o debate, o candidato falou das eleições de 2018. "Há dois anos atrás, quando o ódio venceu, a mentira venceu, deu no que deu", disse.
Boulos fez um pronunciamento por volta de 23h30 na garagem de sua casa, no Campo Limpo, na zona sul.
O candidato agradeceu a ex-prefeita e candidata a vice em sua chapa, Luiza Erundina (PSOL). "Foi a melhor prefeita que São Paulo já teve, nordestina, assistente social, corajosa, que enfrentou em seu tempo, as máfias que governavam a cidade e que hoje de forma muito generosa, decidiu compor essa chapa comigo que está devolvendo esperança ao povo de São Paulo", falou Boulos.
O candidato aposta na igualdade da campanha do segundo turno, quando terá 10 minutos na propaganda política no rádio e na tv. No primeiro turno, ele teve apenas 17 segundos. "No segundo turno nosso desafio é essa onda de esperança tomar toda a cidade".
Assista ao discurso:
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