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Benedita projeta segundo turno com união da esquerda

A afirmação foi feita na sabatina do SBT News nesta 5ª feira (29)

Benedita projeta segundo turno com união da esquerda
Benedita da Silva, candidata a prefeita do Rio. Reprodução/SBT
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Quarta candidata a ser entrevistada pelo SBT News, Benedita da Silva (PT) disse à apresentadora Isabele Benito e ao editor-chefe do SBT Rio Humberto Nascimento nesta 5ª feira (29.out) que, se for para o segundo turno, terá apoio de todos os partidos de esquerda. "Certamente estaremos todos juntos, como estamos no Congresso Nacional, votando a favor do povo", projetou a deputada federal. A candidata, que está com os bens bloqueados pela justiça, afirma que qualquer gestor pode ser investigado e que tem "total condição ética e moral para ser candidata e pedir votos".

Questionada por utilizar um discurso de renovação política mesmo tendo feito parte tanto do governo Anthony Garotinho (1999-2002) como de Sérgio Cabral (2007-2010), Benedita diz que tem direito a tecer críticas aos adversários políticos e que as faz de maneira pragmática. "Nem todo mundo dá certo 100%. Nenhum gestor nem gestora deve estar livre de qualquer crítica, principalmente quando elas são construtivas, daquilo que se deixou de fazer quando teve oportunidade de fazê-lo", argumentou a candidata.

A petista também rebateu a crítica sobre a nacionalização de sua campanha ao pleito municipal, que conta com extensa participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e também a rejeição do partido no Rio, que beira os 60%. Segundo Benedita, o suposto desprezo não é visto nas ruas e o voto é conquistado por convencimento e acompanhamento. "Você vota num projeto, programa, sigla partidária e também nos seus representantes acompanhando toda a trajetória deles. Eu acredito que a minha tem sido muito bem acompanhada pelo povo do meu estado e da minha cidade", alegou.

A fim de construir uma nova administração junto à vice Enfermeira Rejane (PCdoB), Benedita também prometeu o fim das Organizações Sociais (OSs) na saúde, fazendo uma transição imediata para a empresa pública. A deputada diz que irá convocar concursados, além de criar novos concursos, gerir as Clínicas da Família e as UPAs de maneira correta e chamar médicos especialistas para as unidades municipais. "Nós temos uma fila de quase 35 mil pessoas esperando por uma consulta, um diagnóstico, uma cirurgia. Se a gente tem trabalhadores qualificados, por que não [fazer concursos]? Nós não estamos funcionando com os agentes comunitários de saúde na pandemia que poderiam estar ajudando nas comunidades neste momento. Nós precisamos ter toda essa equipe da saúde funcionando para olhar essa cidade, não só após a pandemia."

Benedita, que foi eleita a primeira senadora negra da história do Brasil, reafirmou o compromisso com a população negra e mais pobre, e disse que pretende investir nas manifestações culturais e sociais a fim de aquecer a economia, especialmente nas favelas. A candidata quer criar uma Moeda Social que apenas circulará nas comunidades cariocas, impulsionando a agricultura familiar e pequenos empreendedores. Sobre o Carnaval, a deputada, que é evangélica, negou envolver religião com política, e que irá, sim, investir na festa. 

"Estive presente na passarela do samba como governadora do Estado do Rio de Janeiro. Eu sei separar muito bem o púlpito da tribuna política. E isso é para mim o Estado sendo um Estado laico. Não é a minha fé, nem a minha religião, que vai impedir que o Carnaval proceda na cidade. Que o Carnaval dê emprego, que dê cultura e arte para a população da cidade, assim como outros eventos, teatros, cinemas. O turismo, por exemplo, deve ser implementado. As favelas todas têm a suas várias modalidades de cultura, porque não é só o samba. A favela também tem samba, tem funk, tem passinho, tem uma série de atividades", explicou Benedita.

Leia abaixo a íntegra da entrevista.

SBT News: A senhora tem feito críticas à gestão do ex-prefeito Eduardo Paes, mas como se o PT não tivesse participado da administração. Inclusive, o vice do Paes era Adílson Pires, do PT. A senhora também fez parte desse grupo político, foi secretária de Assistência Social no governo do Sérgio Cabral. Isso não compromete esse seu discurso de renovação e mudança?
Benedita da Silva:
Olha, eu penso que crítica se faz. E as minhas críticas, você pode observar, são todas construtivas: daquilo que deu certo e para aquilo dar mais certo ainda. Então é nesse sentido, eu parto para a política, as minhas críticas são pragmáticas, nada de ordem pessoal, até porque eu tenho muito respeito e conteúdo para poder fazer um debate de qualidade pela cidade do Rio de Janeiro. Então, as críticas que faço, eu as faço em público, sem nenhuma intenção de comprometer as pessoas. Mas nem todo mundo da certo 100%, nenhum gestor nem gestora deve estar livre de qualquer crítica, principalmente quando elas são construtivas, daquilo que se deixou de fazer quando teve oportunidade de fazê-lo.

Candidata, no período em que o PT participou da gestão da prefeitura, foram feitas muitas remoções de pretos, pobres e favelados, por conta das Olimpíadas. Na Vila Autódromo, por exemplo, o SBT cobriu isso muito, houve até violência física contra os moradores. Onde é que estava a senhora na defesa dessas pessoas?
Continuando na defesa das pessoas, como sempre, no meu mandato e continuando a defender, porque eu fiz até mesmo no governo do Partido dos Trabalhadores; sempre cobrando que se é preciso olhar para os mais pobres, que a população negra é sofredora e que precisa estar incluída. Então, todos os momentos. É isso que talvez, você ou outras pessoas, achem de que estar falando incoerentemente é do gestor, mas não. São nessas questões, daquilo que eu tenho certeza, não importa que partido seja, pode ser até o meu, que eu vou estar defendendo essas bandeiras.

A senhora foi vice-governadora no governo Garotinho, que foi preso. Foi secretária no governo Cabral, que está preso. Num Rio que padece, até no presente, na corrupção, como uma candidata que responde na justiça por improbidade administrativa e tem os bens bloqueados pede voto?
Eu tenho 40 anos de vida pública e nenhuma condenação. É preciso que saibam que qualquer gestor e gestora podem ser investigados. Dessa forma, tudo esclarecido, eu certamente tenho total condição ética, moral para ser candidata e pedir votos. Aliás, é uma coisa que o Estado do Rio de Janeiro nunca me negou.

Candidata, a senhora falando em pedir votos com os bens bloqueados, eles permanecem assim. A gente vê uma divisão na esquerda. Você acha que, com candidatas de outros partidos de esquerda, isso pode acabar dificultando a presença num segundo turno?
Eu não vejo divisão. Acho que o processo democrático cabe a que cada partido tome sua decisão e lance suas candidaturas. Por exemplo, eu era vice do [Marcelo] Freixo, caso tivesse uma aliança com o PSOL. Não foi possível isso, é lógico. O Partido dos Trabalhadores lançou meu nome, a quem eu agradeço.
Estou muito feliz de poder estar representando o PT. Isso não inviabiliza que o PSOL e qualquer outro partido de esquerda tenha sua candidatura. Nós temos aliança com PCB, que também é um partido de esquerda e tem também uma vice como a Enfermeira Rejane (PCdoB). Uma mulher negra, deputada estadual. Então, por conseguinte, acho que isso não altera absolutamente nada. E no segundo turno, certamente estaremos todos juntos, como estamos no Congresso Nacional, votando em favor do povo.


Vou continuar nessa linha, candidata, porque se houvesse uma candidatura única dos partidos de esquerda, provavelmente, as suas intenções de voto somadas com o que tem a candidata Renata Souza, do PSOL, essa frente de esquerda garantiria uma das vagas do segundo turno. Por enquanto, essa presença está muito ameaçada por conta da divisão. A senhora acha que essa estratégia foi correta? Por que o PT nunca abre mão da posição de protagonismo?
Parece que o PT vai ser culpado se não tiver uma esquerda no segundo turno. Então, não se preocupe, porque a esquerda estará. Benedita da Silva no segundo turno. Aí a preocupação passa.

Candidata, o PT nunca conseguiu eleger alguém para prefeito ou governador no Rio de Janeiro. A senhora foi vice-governadora. Aliás, na última eleição o PT foi muito mal em seu percentual. Na última pesquisa, foi apontado que 60% da população carioca disse que não votaria numa candidata à Prefeitura apoiada pelo presidente Lula. Como a senhora vê isso?
Olha, é interessante, né? A gente precisa chegar na eleições para saber como os votos vão ficar. Porque, ao mesmo tempo em que 60% dizem que não votariam numa candidata indicada pelo presidente Lula, a gente observa que as pessoas nas ruas sinalizam pra mim: "Vou votar em você por causa de Lula, porque ele foi o melhor presidente desse país e porque ele fez muito pela cidade do Rio de Janeiro". Eu tenho certeza que sim.
Eu sou testemunha de que, realmente, [o Lula] fez e vai continuar fazendo porque ele tem um compromisso com o povo brasileiro, independente de estar ou não em algum mandato. Nós temos militância. Isso não vai alterar, evidentemente. Voto é convencimento, é acompanhamento. Você tem várias formas de votar. Você vota num projeto, programa, sigla partidária e também nos seus representantes acompanhando toda a trajetória deles. Eu acredito que a minha tem sido muito bem acompanhada pelo povo do meu estado e da minha cidade.


Candidata, a senhora defende a implantação da Moeda Social Carioca para estimular a economia dentro das comunidades. É importante destacar que é uma ideia muito bem intencionada, mas é de difícil aplicação. Isso já foi tentado em menor escala na Cidade de Deus, em 2011, e não deu certo. Por que a senhora acha que agora vai funcionar?
Primeiro que essa moeda, a Moeda Mumbuca, que está sendo aplicada em Maricá, está dando certíssimo. Eu penso que tivemos um tempo muito curto para experimentar essa moeda no caso da Cidade de Deus. Agora você tem um cadastro único, onde você tem as famílias mais vulneráveis, onde pode fazer uma pesquisa de campo e saber quem precisa mais e qual território ela está localizada. Nós não tínhamos todos esses dados porque ainda não tínhamos, realmente, um sistema como temos hoje, que é o SUAS. O Sistema Único de Assistência Social dá esse cadastro único a qualquer que seja o gestor que quiser aplicar numa política pública nesse nível. Ele poderá encontrar com muito mais facilidade os dados. Agora com o Bolsa Família, que também é um grande programa, também te dá todas essas informações para que você possa ter essa aplicabilidade da moeda. Então, não tem esse problema como nós tivemos anteriormente que, afinal, foi uma boa ideia, mas que foi pouco tempo para que implementasse. Agora nós já podemos dizer que a moeda está selada, dá certo, é importante e vai alavancar a economia.

A senhora citou o exemplo de Maricá, que esse modelo está sendo usado lá. Acontece que o Rio de Janeiro não é Maricá. As comunidade do Rio têm uma peculiaridade, porque grande parte está sob domínio do tráfico ou da milícia. Isso é um complicador para essa implantação. Se o Estado, que detém o aparelho policial, não consegue assumir o controle dessas comunidades, por que a Prefeitura vai conseguir implementar a Moeda Social se o traficante ou miliciano determina onde comprar, de quem comprar, quem vai vender? Como é que a senhora acha que vai fazer isso, por exemplo, no Jacarezinho, no Complexo do Alemão, na Rocinha?
É porque eu tenho ido a todas essas favelas e, até agora, os comerciantes que nós temos nessas favelas - que são tradições, desde as mulheres, aos idosos e comerciantes da comunidade - nunca deixaram de vender os produtos. E nós, com agricultura familiar, vamos chegar com produto mais barato. Aquela costureira, manicure? Eu não tenho notícias de que elas são obrigadas a não fazer ou fazer uma unha, um cabelo ou costurar uma roupa.  
Então, é evidente que aquelas pessoas são pessoas de bem. Se a gente partir do princípio que todo mundo é marginal e está submetido à marginalidade, aí fica difícil. Vai parar a cidade totalmente porque, do morro, descem muitos trabalhadores e trabalhadoras que compram e vendem os seus serviços.
Essa moeda vai dar certo, vai estar na mão da favela. A favela tem um produto interno bruto que precisa ser melhor incentivado, aquecido exatamente por essas pessoas que não têm uma carteira assinada, um empreendedor individual, um jovem que começa agora a sua vida profissional, no mundo digital onde a tecnologia se faz necessária e presente. Precisa ter o seu computador, seu tablet ou precisa ter um maquinário, outro qualquer. Isso é possível, sim, e as pessoas certamente vão se beneficiar. Não só as pessoas da favela. Estou falando de aquecer uma economia na cidade do Rio de Janeiro começando pela maioria da população que se encontra nesses territórios.


Falando em aquecer uma economia na cidade do Rio de Janeiro, sobe e desce o morro da favela, e que não é só na favela, a senhora é evangélica, assim como o atual prefeito Marcelo Crivella, e a senhora sempre diz que no Carnaval faz um retiro espiritual. Qual é o seu posicionamento em relação ao Carnaval, que gera tantos empregos? A senhora estaria presente nesse Carnaval?
Eu já estive por 9 meses governadora do Estado do Rio de Janeiro, e estive presente na passarela do samba como Governadora do Estado do Rio de Janeiro, até porque eu sei separar muito bem o púlpito da tribuna política. E isso, para mim, o estado sendo um estado laico, não é a minha fé nem a minha religião que vai impedir que o carnaval proceda na cidade, que ele dê emprego, que ele dê cultura e arte para a população da cidade, e assim como outros eventos, teatros, cinemas. O turismo, por exemplo, deve ser implementado.
As favelas todas têm as suas várias modalidades de cultura, porque não é só o samba. A favela também tem samba, tem funk, tem passinho, tem uma série de atividades. Algumas do folclore, outras da cultura da cidade realmente, como algumas pessoas não conhecem. Você tem as procissões, você tem Folia de Reis, você tem muitas manifestações porque as favelas não são "você pode ser assim"; a favela é uma favela carioca, mas se você chegar na Rocinha você tem gente do Nordeste, tem gente do Norte, se chegar na Dona Marta, qualquer dessas, no Vidigal, qualquer uma dessas que você chegar você vai encontrar essa pluralidade cultura. Então é essa popularidade cultural que faz da cidade do Rio de Janeiro a capital da cultura. Portanto, Carnaval é uma das manifestações culturais que a cidade tem e que agrega e traz valores, não só identitários, como também, traz dinheiro, traz dólar para a cidade do Rio de Janeiro.


Candidata, o prefeito Marcelo Crivella municipalizou o pedágio da Linha Amarela. No seu governo, o pedágio vai voltar a ser privatizado?
Eu vou fazer o que determinar a Justiça. Agora, essa taxa é uma taxa da qual ninguém pode evidente, nenhum gestor em campanha eleitoral pode achar que é ruim. As pessoas estavam pagando uma tarifa altíssima. Então é preciso que ponha ordem nisso. Se tiver conforme a justiça, os contratos, tudo bem. Se não, não tem mesmo.

Vamos falar então de saúde, que é a principal preocupação do morador do Rio de Janeiro, do eleitor. A senhora já se manifestou publicamente que é contra as organizações sociais de saúde. Mas como é que a senhora pretende simplesmente acabar com todas elas, botar concurso público, contratar servidor via concurso público, como é que ela pretende fazer essa transição?
Essa transição será feita quase praticamente da mesma forma que se fez para montar. A montagem foi uma terceirização com cunho quase de privatização, que não deu conta neste processo de pandemia. Então é só fazer agora o inverso de tudo isso. Nós temos uma agência, aliás nós temos uma empresa de saúde, que é a empresa - Saúde Carioca, e nós vamos usá-la. Nós temos servidores da saúde concursados e nós precisamos também chamar concursados. Nós temos qualificados também. Foram demitidos muita gente, principalmente agora no governo do Crivella. Então nós temos que chamar essas pessoas, nós temos que abrir o concurso público porque senão, não funciona. Nós temos que botar as Clínicas da Família para funcionar, nós temos que botar as UPAs pra funcionar, nós temos que trazer médicos especialistas para cuidar, nós temos doenças raras na cidade.Tem aquelas que são mais pertinentes, até mesmo as pessoas de menor poder aquisitivo, outra que acontece nas favelas que se acumulam. Então nós temos uma fila de quase 35 mil pessoas esperando por uma consulta, esperando um diagnóstico, esperando por uma cirurgia. Então tudo isso está acontecendo na cidade. Se a gente tem trabalhadores qualificados, por que não? Nós não estamos funcionando com os agentes comunitários de saúde em pandemia que poderiam estar ajudando nas comunidades neste momento. Nós precisamos ter toda essa equipe da saúde funcionando para olhar essa cidade, não só pós-pandemia. Até hoje estamos ainda precisando e ficou comprovado que as OSS não deram conta disso. Nós tivemos problemas além de contratos abusivos do qual nós estamos ainda aqui investigando. Vocês têm noticiado isso e nós temos nos informado através das notícias que vocês têm colocado para nós, de que dentro dessas OSS está havendo alguns acordos, que não são acordos compatíveis com o atendimento, nem com a necessidade que a cidade tem na área da saúde.

A queda na arrecadação deste ano já foi noticiada e a perspectiva é que a queda seja ainda maior principalmente no ano que vem. Ou seja, uma prefeitura com mais dificuldades financeiras. E durante a sua campanha a senhora tem falado que vai lançar o Fome Zero aqui no Rio de Janeiro. Tirar o dinheiro de que local, candidata?
Do Sistema Único da Assistência Social, do bolso dos sonegadores da cidade do Rio de Janeiro, reduzindo os cargos comissionados que nada tem a ver com o fato das execuções das políticas públicas da cidade. Nós não vamos aumentar IPTU. Pelo contrário, nós vamos atrás dos IPTUs abusivos que foram feitos, principalmente para a população da zona Oeste. Nós vamos ter um corredor de revitalização que é a Avenida Brasil, onde nós estaremos preparando essa Avenida Brasil para a construção de casas populares, chamando investidores para aquele todo o percurso da Avenida Brasil. Nós vamos concluir as obras do BRT Transbrasil para que a gente possa unir com a Transoeste. Tudo isso gera emprego e recurso, e se você tem uma cidade bem ajustada, bem limpa, e as pessoas com oportunidade de trabalho, com tudo funcionando, você tem investidores que se interessam pela cidade.

A senhora tem procurado nacionalizar a sua campanha trazendo o ex-presidente Lula para dentro do seu horário eleitoral. A senhora acha prudente esse tipo de debate, já que acaba elevando o tom e se transformado numa espécie de "Fla-Flu" ideológico em vez de se concentrar nos programas da cidade? 
Se tem alguém que até agora apresentou programa de governo para a cidade como mudança, realmente enfrentando os adversários que já foram prefeitos e que deixaram de fazer, já tiveram a sua oportunidade, se não fizeram... Não estou nacionalizando nada. Porque quando vocês me dizem que o município está sem recurso, eu digo que ele está sem recurso por quê? Porque tem desemprego. Por que é que tem desemprego? Porque o dólar está a R$ 6,00? Eu não posso fugir dessa realidade, principalmente numa cidade turística como o Rio. Se você vai discutir, se você vai falar que o dólar está a R$ 6,00, isso significa o quê? É um impacto enorme no turismo internacional, por exemplo. Porque a passagem aumenta, tudo aumenta, os hotéis não funcionam, os restaurantes também não.
É um prejuízo para a cidade. Isso é nacionalizar? Nós estamos falando das verdades que aí estão. E quando eu coloco o Lula, é porque eu não escondo o Lula, eu não preciso esconder. Ele foi presidente da República, e ele investiu como ninguém na cidade do Rio de Janeiro. Se tem Minha Casa Minha Vida, se tem Bolsa Família, se tem aqui UPAs, se tem as construções que foram feitas, reformas, obras do PAC, tudo isso foi investimento do Governo Federal. No entanto, o Bolsonaro que teve 28 anos como deputado nunca apresentou um projeto, nenhuma emenda para fazer alguma coisa na cidade. Ele é presidente da República e está de braço dado com o Crivella, apoiando Crivella que também não está fazendo nada pela cidade. Por que eu vou esconder as coisas bem feitas que o Partido dos Trabalhadores fez por essa maior liderança que nós temos na América Latina e o melhor presidente do Brasil.


Candidata as perguntas acabaram, agora o microfone do SBT News está aberto para senhora falar com a população do Rio de Janeiro
Eu quero agradecer muito poder ter participado desse programa, dizer que eu tenho nesses 40 anos de vida pública, me dedicado às causas populares, me dedicar a minha cidade, me dedicado à minha gente. Nesse momento, eu quero dizer que para mim, é muito importante poder representá-la na medida em que outros já tentaram - e eu digo tentaram, porque não foram capazes de olhar dentro no coração das pessoas, e se entender com as pessoas. Eu quero dizer que eu sou mãe, eu sou avó, eu sou bisavó, e eu sei muito bem o quanto está doendo pra cada da mãe e para cada pai nesse momento a saúde desse jeito. Famílias que se perderam, milhares de pessoas que morreram. Eu sei muito bem o que está custando para aquele que perdeu o emprego e não pode pagar seu aluguel e está com a sua família no meio da rua. Eu sei o que é estar desempregado, e o que é estar com fome. Eu sei o que é estar passando realmente necessidade e precisando de um serviço público que possa atender essas demandas. Nós somos todos cariocas, nós queremos essa cidade linda maravilhosa para negros, para brancos, para os pobres e para os ricos também. Mas nós queremos pisar com igualdade o mesmo chão e provar os mesmos benefícios iguais para todos, independente do seu local de moradia, da cor da sua pele, ou da sua religião. Por isso, no dia 15 de novembro, eu peço o seu apoio, eu peço o seu voto. Vote 13, vote em Benedita da Silva. 
 
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