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Presidente do Banco Central diz querer melhorar relação com Lula no ano que vem

Roberto Campos Neto foi alvo de críticas do presidente da República por causa da taxa de juros que só começou a ser reduzida em agosto

Presidente do Banco Central diz querer melhorar relação com Lula no ano que vem
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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu nesta quinta-feira (21.dez) que o primeiro ano do governo Lula 3 foi de desconfiança por parte do Palácio do Planalto, já que Lula assumiu sem poder mexer na diretoria do banco. A autonomia do BC foi aprovada pelo Congresso no governo passado.

Apesar da desconfiança, Roberto Campos Neto disse que foi possível mostrar a Lula e aos auxiliares que o trabalho do Banco Central é técnico. “A gente tenta ajudar de todas as formas sempre. Reconheço o trabalho do outro lado para segurar o fiscal, e claro, a gente tem uma situação onde o país precisa cuidar também do social, você precisa fazer as duas coisas, e o resultado do ano foi melhor que o esperado com o crescimento e em termos de renda real surpreendeu” admitiu o presidente do BC durante entrevista.

Roberto Campos Neto também revelou que estava com o ministro Fernando Haddad em uma reunião na quarta-feira quando ele recebeu e fez inúmeras ligações para garantir que os senadores aprovassem a Medida Provisória que pode render até R$ 35 bilhões para os cofres da União no ano que vem. O presidente do BC elogiou a capacidade do ministro da Fazenda para negociar com o Congresso Nacional as pautas econômicas e também disse concordar com a decisão do governo de pedir autorização para o Supremo Tribunal Federal para pagar R$ 93 bilhões de reais em precatórios, que são aquelas dívidas da União já julgadas pela Justiça. Campos Neto destacou que não concordou com a decisão do governo Bolsonaro que no ano da eleição adiou o pagamento dos precatórios.

O último relatório trimestral do Banco Central revisou a meta de crescimento da economia brasileira neste ano de 2,9% para 3% e reduziu a chance da meta de inflação estourar o limite superior de 4,75%. Em setembro, a chance de estouro era de 67%, agora, está em 17%. Roberto Campos Neto garantiu que até março a taxa Selic, que serve de base para os juros cobrados na concessão de crédito, siga em queda, no entanto, o presidente do Banco Central afirmou que depois disso as decisões sobre redução do índice vão depender dos sinais da economia. Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano. A última queda aconteceu em 13 de dezembro. A redução começou em agosto depois do presidente Lula fazer inúmeras críticas à política monetária adotada pela gestão de Campos Neto. Petistas chegaram a sugerir que o Senado, que é quem fiscaliza a autonomia do BC, abrisse processo para a saída do presidente do Banco Central.

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