ESG impulsiona coalizões empresariais, que podem unir concorrentes por um propósito
Entretanto, especialistas alerta que, nas reuniões, é muito comum surgir um problema devastador: o ego
Meio ambiente, sociedade e governança corporativa. Talvez você não tenha percebido que os pilares do ESG são sobre coletividade. De fato, a sustentabilidade, seja do planeta ou de uma empresa, depende do comprometimento de todos ou, no mínimo, da maioria para acontecer.
Por isso, o movimento ESG colocou em evidência as coalizões empresariais. São grupos de empresas, que incluem até as concorrentes, com algum propósito em comum. Um exemplo é o que as indústrias do país tem feito, uma campanha conjunta a favor da reforma tributária.
"Esse é um exemplo fácil porque afeta todo mundo. Os empresários em maior grau, porque geram riqueza e são tributados por isso. Mas também até as ONGs, as associações. Portanto, estão falando de todo mundo. Numa democracia todos precisam participar da conversa. Aí que nasce essa necessiade de se unir por interesses comuns. As empresas proque querem perder o peso do imposto e as ONGs porque não querem ser tributadas" explica Leandro Machado, sócio-fundador da Cause.
Mas, então, montar uma coalizão não é processo burocrático? Leandro é um especialista, dono de uma consultoria para coalizões. Ele explica que pode haver um contrato, mas as coalizões podem ser informais. "Nem sempre é bom ter um CNPJ. Pode ser mais prático e não terá custos se for informal". Ele também explica que a formação pode ser única, da forma que melhor funciona para quem participa: "Pode ter um líder, dois líderes, um grupo decisor. É preciso muito diálogo, isso é importante".
Importância que foi sentida na Vem pra Guerra, uma coalizão formada para ajudar hospitais na época da pandemia. O criador, Alexandre Vasserman, é CEO da Infineat e acostumado a escalar projetos grandes. Mas, a coalizão teve desafios diferenciados: "É muito difícil. Mesmo todos tendo o mesmo propósito é difícil. Poide ser que, justamente, por unir muitos líderes. Os egos sempre competem, às vezes ficam acima do propósito".
Um fator complicador. Porém, o próprio ESG pode ajudar, com conceitos de transparência, equidade e muitos outros. Quer saber mais? Acompanhe no Foco ESG:
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