Importação de produtos chineses de até US$ 50 cresceu 38% neste ano
Resultado foi incentivado pela valorização do real e alta carga de impostos internos
O número de itens importantes com valor de até US$ 50 aumentou 11,4% entre janeiro e julho deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2022. O percentual, apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), foi liderado por encomendas provenientes do Uruguai e da China, que registraram alta de 46% e 38%, respectivamente.
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A valorização do real, aliada à alta carga de impostos internos, incentivou as importações, reduzindo a competitividade dos produtos nacionais. Segundo o balanço, os principais exportadores de bens de consumo de baixo valor foram China, Argentina e Paraguai, sendo responsáveis por 59% do total importado. Entre os produtos, lapiseiras (220%) e brinquedos (195%) lideraram os pedidos.
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Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o resultado das importações nos primeiros sete meses do ano acentuou a tendência de avanço de produtos importados, sobretudo de países asiáticos no mercado interno. Nos últimos vinte anos, por exemplo, a importação de bens de consumo oriundos da China ao valor médio de US$ 50 cresceu 575%, contra um avanço médio de 155% nos demais países.