Presidente da Petrobras nega que tenha votado para aumentar o próprio salário
Reajuste de 43,88%, eleva remuneração do titular da estatal a R$ 165 mil por mês; conselho rejeitou proposta
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta 5ª feira (27.abr) que o aumento de 43,88% nos salários de diretores e dele próprio foi aprovado pelos membros do Conselho de Administração que não permanecerão nos cargos. Com o reajuste, a remuneração dele salta dos atuais R$ 115 mil para cerca de R$ 165 mil por mês.
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"Apenas a título de esclarecimento, de novo, e corroborando nota explicativa já emitida pela Petrobras oficialmente, informo que não é verdadeira a afirmação de que, como presidente da empresa, propus e aumentei o meu próprio salário", diz a nota enviada à imprensa.
O indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao comando da estatal, e que assumiu o posto em 13 de abril, também afirmou que a decisão ainda depende da deliberação e aprovação ou rejeição na Assembleia Geral de Acionistas, que ocorre nesta 5ª feira (27.abr).
"Cabe esclarecer que me abstive da decisão tomada pelo colegiado, assim como outros três Conselheiros, que, como eu, deverão permanecer no Conselho. Os Conselheiros que votaram favoravelmente tiveram como base a percepção de oportunidade de melhoria dos valores de remuneração, atualmente praticados à luz de referências de empresas com as mesmas características", continuou Jean Paul.
Segundo a Petrobras, o reajuste é baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado de 2013 a 2022 e foi aprovado e encaminhado pelo Conselho de Administração (CA) da petroleira em março de 2023. A estatal informou ainda que os reajustes acompanham o valor praticado pelo mercado.