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Presidente da Fiesp diz que taxas de juros no Brasil são "pornográficas"

Segundo Josué Gomes, "se não abaixarmos essas taxas, de nada adiantará fazermos políticas industriais"

Presidente da Fiesp diz que taxas de juros no Brasil são "pornográficas"
Josué Gomes fala ao microfone (Reprodução/YouTube)
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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, classificou nesta 2ª feira (20.mar) como "pornográficas" as taxas de juros praticadas no Brasil e disse que é "inconcebível" o atual patamar da Selic, de 13,75% ao ano. As afirmações foram feitas em discurso no seminário Estratégias de Desenvolvimento Sustentável para o Século XXI, realizado pelo BNDES.

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"Nós criamos uma nova restrição, de uma tese de que o problema é o abismo fiscal. Abismo fiscal de um país que tem 73% do PIB de dívida bruta. Tirando as reservas, são mais ou menos 54% de dívidas. Tirando o caixa do Tesouro Nacional, é menos de 45% do PIB de dívida líquida. Um país com a riqueza do Brasil, que comparativamente a outros países equivalentes no mundo tem uma dívida líquida que talvez seja um terço ou menos de outros países", declarou Josué.

"Então esta não é uma boa explicação para as pornográficas taxas de juros que praticamos no Brasil, e se não abaixarmos essas taxas de juros, de nada adiantará fazermos políticas industriais, porque as principais políticas industriais, aquelas que são mais horizontais e, portanto, atingem o conjunto da economia, é justamente uma taxa de juros compatível com a dimensão, com a riqueza, com a capacidade de pagamento do nosso país, e obviamente uma reforma tributária que cria uma isonomia entre os setores", complementou.

No mesmo evento, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), também criticou o atual patamar da Selic. "Não há nada que justifique ter 8% de juros real acima da inflação quando não há demanda explodindo e, de outro lado, quando o mundo inteiro tem praticamente juros negativo. Mas nós acreditamos no bom senso e que a gente vá com a nova ancoragem fiscal superar essa dificuldade", afirmou.

Alckmin ressaltou ainda que "juros alto dificulta consumo, inibe investimento, encarece a dívida do governo". "Meta da dívida é Selic. Cada 1% dá R$ 25 bilhões por ano. E aí eu acho que o governo encaminha nos próximos dias o projeto de ancoragem fiscal, que vai também, uma medida inteligente, combinando curva da dívida, de outro lado superávit, de outro lado o controle do gasto".

A medida, em suas palavras, "vai trazer bastante segurança na questão fiscal". Outro tema abordado por Alckmin foram os impostos cobrados no país. "Imposto o presidente Lula está empenhado na reforma tributária, então nós estamos muito otimistas de que ela possa avançar. Simplifica cinco tributos de consumo, viram um só IVA", disse.

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