Indústria da construção registra queda, mas empresários continuam otimistas
Pesquisa da CNI aponta recuo de 2,9 do emprego e da produção do setor
Com um recuo de 2,9 pontos, a indústria registrou queda do emprego e da produção no início de 2023, de acordo com a Sondagem da Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento foi feito com 343 empresas entre 1º e 9 de fevereiro.
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O desaceleramento é típico para este período do ano, o que deixa empresários e investidores mais otimistas para os próximos meses.
"Os últimos meses de 2022 mostraram uma perda de ritmo da atividade e, em janeiro, os índices de expectativas apresentaram perspectiva de queda. A intenção de investimento e a confiança também acumulavam sucessivas retrações em janeiro. Em fevereiro, houve recuperação de parte desse comportamento de queda", explica Larissa Nock, economista da CNI.
De acordo com a sondagem, o índice de expectativa do empresário em relação ao nível de atividade atingiu 54,8 pontos, valor considerado positivo. Já o índice de intenção de investimento da indústria da construção avançou 6,2 pontos de janeiro para fevereiro, e alcançou 44,7 pontos, voltando a subir depois de quatro quedas consecutivas.
Outro índice que rompeu uma sequência de quedas é o de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI). Segundo a pesquisa, o índice alcançou 51,7 pontos em fevereiro. Na comparação anual, o ICEI está 4,9 pontos abaixo do atingido no mesmo mês em 2022.
Seguindo a mesma tendência de crescimento de dezembro de 2022, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) avançou 1 ponto percentual em janeiro. Desde 2014, esse é o patamar mais alto registrado em janeiro, de acordo com a CNI.