Em meio a críticas do governo, Campos Neto volta a defender autonomia do BC
Segundo o chefe da autarquia, quanto mais independente o Banco Central menos o país paga custo dos juros
Em meio às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre a manutenção da taxa básica de juros, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a defender nesta 3ª feira (7.fev) a autonomia da autoridade monetária nacional. Campos Neto enfatizou que a independência do BC resulta em melhor custo-benefício da política de juros ao país.
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"É muito importante (a independência) por muitas diferentes razões. A principal razão da autonomia do BC é desconectar a política monetária do ciclo político", argumentou. Sobre a autonomia formalizada por lei em 2021 e criticada por Lula, o chefe da autarquia completou: "Porque eles têm clientes e interesses distintos. Quanto mais independente você é, mais eficaz você é, menos o país pagará em termos de custo de ineficiência da política monetária". As afirmações foram feitas em evento nos Estados Unidos.
Na última 4ª feira (1.fev), o Banco Central manteve a taxa básica de juros em 13,75% ao ano pela quarta vez consecutiva. Lula tem criticado a política do BC e reclamado dos juros elevados.