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Produção industrial tem recuo de 0,7% em 2022, mostra IBGE

Resultado negativo já era esperado pelo mercado financeiro

Produção industrial tem recuo de 0,7% em 2022, mostra IBGE
Produção industrial tem sexta queda em 10 anos, diz IBGE
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A produção industrial permaneceu estável em dezembro e teve recuo de 0,7% em 2022, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta 6ª feira (3.fev) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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É a sexta vez, em 10 anos, que o IBGE registra queda no índice. O recuo da indústria nacional pode ser explicado por fatores como a taxa de juros e a inflação em elevação, impactando diretamente na renda das famílias e no consumo.

"Também há influência do aumento nas taxas de inadimplência e de endividamento. E o mercado de trabalho, que embora tenha mostrado clara recuperação ao longo do ano, ainda se caracteriza pela precarização dos postos de trabalhos gerados", afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

Em 2021, a indústria marcou alta de 3,9%, mas anteriormente havia registrado duas quedas seguidas, em 2019 (-1,1%) e 2020 (-4,5%). Para Macedo, o crescimento de 2021 tem relação com o início da pandemia no ano anterior.

Com o resultado, a indústria brasileira encontra-se 2,2% abaixo do patamar pré-pandemia da Covid-19 (fevereiro de 2020) e 18,5% abaixo do nível recorde da série, de maio de 2011.

Medidas governamentais

Em 2022, o setor industrial respondeu às medidas de incremento da renda feitas pelo governo federal, como a antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas, liberação do FGTS, estímulo ao crédito, Auxílio Brasil, entre outros. O fim das medidas motivaram a trajetória de desaceleração do crescimento.

"Ao longo do segundo semestre, essa resposta perdeu fôlego e a indústria teve um comportamento de menor intensidade e com maior frequência de resultados negativos", afirma Macedo. Segundo análise da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), o resultado negativo já era previsto, mas com um percentual mais baixo: -0,5%.

Setores mais prejudicados

Entre as atividades que apontaram redução na produção, produtos alimentícios (-2,6%) e metalurgia (-5,1%) exerceram os principais impactos em dezembro de 2022, com ambas interrompendo dois meses consecutivos de avanço, período em que acumularam expansão de 8,5% e 8,6%, respectivamente. As influências positivas mais importantes vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,1%).

"Trata-se de um setor que manteve comportamento positivo ao longo de 2022, impulsionado, principalmente, por produtos com maior ligação com a mobilidade", exemplifica Macedo, do IBGE.

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