Ex-CEO da Americanas nega que soube do rombo antes de assumir cargo
Sergio Rial disse que sua saída se deu pela necessidade de abrir espaço para reestruturação
O ex-presidente da Americanas (AMER3) Sergio Rial afirmou nesta 3ª feira (17.jan) que sua saída da empresa aconteceu após "entrevistar executivos remanescentes, questionar e entender quaisquer preocupações e novas perspectivas" do alto escalão da empresa. Tal episódio resultou na descoberta do rombo de R$ 20 bilhões acusado em fato relevante divulgado na semana passada.
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"Nessas conversas, informações e dúvidas foram compartilhadas e com o natural aprofundamento para entendê-las e dar-lhes direcionamentos conjuntamente com o novo CFO, Andre Covre, chegamos ao quadro do fato relevante com transparência e fidedignidade! Quaisquer especulações ou teorias distintas disso são leviandades. Eu jamais transigiria com a minha biografia", escreveu Rial, em seu perfil no LinkedIn.
O executivo afirmou ainda que, após o dano ser identificado, "surgiu a necessidade premente de correção de rota". E que a saída decorreu de entedimento da necessidade de abrir espaço para que "a empresa pudesse se reestruturar".
"E essa correção partiu da transparência e do apoio incondicional que recebi do CA e dos acionistas de referência. Aqui, minha segunda reflexão: ser líder não é ser corajoso, mas ser responsável e ético; não é ser herói ou heroína, mas ter a resiliência para defender a verdade e fazer o que é certo.", completa.
Desde a exposição do caso, as ações da Americanas acumulam tombo de 83,83% até o fechamento da 2ª feira (16.jan).
Rombo pode ser ainda maior
O rombo contábil de R$ 20 bilhões, acusado pelas Americanas na 4ª feira (11.jan), pode dobrar o montante das dívidas da empresa no curto prazo. Os débitos a vencer antecipadamente passariam a ser de R$ 40 bilhões por conta das revisões de valores e diposições financeiras constantes em balanços e na contabilidade em geral de anos anteriores, e às quais a empresa terá de proceder.
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