Pela primeira vez em 12 anos, brasileiro compra menos na Black Friday
Conforme pesquisas, vendas foram entre 23% e 28% menores que em 2021
Há mais de dez anos os Estados Unidos influenciaram o Brasil no comércio de novo. A Black Friday foi abrasileirada de várias formas -- algumas a descaracterizam bastante da original, como aconteceram com a pizza e o sushi por aqui. Tem a Black Week (semanal) a Black November (no mês inteiro), sem contar as outras palavras a mais como Turbo, Super, etc. Como tudo no varejo, funciona até durarem os estoques... Ou o dinheiro do consumidor. A maior mudança de todas até agora aconteceu, justamente, por isso. Foi a primeira Black Friday com registro de vendas menor do que a edição anterior.
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É o que mostram duas pesquisas do varejo eletrônico, que corresponde a 90% das vendas. O faturamento bruto do e-commerce no país, conforme a NielsenIQ|Ebit, foi 23% menor esse ano, e, de acordo com a ClearSale/Neotrust, 28% inferior.
A última esperança, para quem achava que a primeira partida do Brasil na Copa seria o fator complicador, estava no período depois da Friday. O fim de semana. Mas, neste sábado (26.nov), os brasileiros desembolsaram R$ 1,2 bilhão em 2,2 milhões de pedidos. São números 4,4% e 4,3% menores, respectivamente, em relação ao ano passado, segundo a ClearSale/Neotrust.
O resultado revelou que não foi apenas pelo futebol que o consumidor deixou de comprar. Há menos crédito disponível e o varejo não criou promoções atraentes. "As empresas estão muito menos agressivas em políticas de frete, desconto e parcelamento. Não estão buscando venda a qualquer preço", avalia Alberto Serrentino, sócio da consultoria Varese Retail.
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