Indústrias sugerem plano de incentivo para candidatos à presidência
Entre as medidas, o retorno do Ministério da Indústria e retomada das pesquisas científicas
A guerra na Ucrânia, a pandemia e a consequente crise global levaram países como Estados Unidos e Canadá, além do bloco europeu, a adotarem incentivos bilionários à indústria local, a fim de diminuir a dependência da China em componentes eletrônicos, por exemplo.
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No Brasil, o setor vem demonstrando dificuldades. Tanto que as federações estão elaborando estudos para sugerir aos candidatos à presidência uma nova estratégia para se tornar um fornecedor global de insumos ou produtos finais.
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) é uma das primeiras. Nesta 5ª feira (18.ago) lança um plano que começa com o retorno do Ministério da Indústria. Mas, faz questão de informar que somente a retomada da pasta não adianta.
Seriam necessárias mudanças estruturais, como a reforma tributária, a reintegração dos pacotes de incentivo à pesquisa científica para desenvolver a produtividade e uma característica importante: foco na digitalização de processos e a sustentabilidade.
A Firjan adiantou que o plano é composto quatro pilares: capital humano, ambiente de negócios, infraestrutura e eficiência do Estado. "O aumento da produtividade só vai ocorrer com uma política industrial sólida", diz o presidente da entidade, Luiz Césio Caetano.
Tais medidas, conforme o estudo, poderiam incrementar o Produto Interno Bruno (PIB) com US$ 1,040 trilhão nos próximos cinco anos. O Brasil, provavelmente, elevaria sua posição no ranking das maiores economias do mundo até 2027, da 12ª posição para a 8ª.
O último período com produtividade crescente foi entre 2001 e 2010, quando houve expansão de 1,5% em média ao ano. Entre 2011 e 2019, os registros são de queda, de 0,1% ao ano.
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