Sem reajuste, colaboradores do Banco Central citam "clima insustentável"
Em carta enviada a dirigentes da instituição, colaboradores não consideram retorno ao trabalho
Colaboradores autônomos e chefes de departamento do Banco Central enviaram uma carta a diretores e ao presidente, Roberto Campos Neto, dizendo que sem reajuste salarial o ambiente de trabalho estaria com um "clima insustentável" e "com impactos extremamente negativos nas atividades" do dia a dia.
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"Ficam, assim, inviáveis as entregas da agenda BC e das demais iniciativas estratégicas desta Casa", diz um dos trechos da carta com data de 3ª feira (7.jun).
Outra parte fala da minuta de Medida Provisória apresentada pela autarquia na última 6ª feira (3.jun), que traz avanços importantes, mas não trata da recomposição salarial.
"Dessa maneira, entendemos que é fundamental a reinserção imediata da retribuição por produtividade institucional na minuta de MP e o patrocínio perseverante em seu trâmite", dizem os servidores.
Desde o início de maio, servidores do BC estão em greve, o que tem afetado a divulgação de uma série de indicadores econômicos e também a prestação de serviços pela autarquia.
Apesar de ter conquistado autonomia operacional ano passado, o BC não é administrativamente autônomo e as decisões sobre reajustes salariais dependem de liberação do governo federal.
Na 3ª feira (7.jun), no programa Perpectivas, do SBT News, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), considerou que não será possível dar reajuste a servidores neste ano.