Fabricação de eletrodomésticos cai 25% no primeiro trimestre de 2022
O baixo orçamento do consumidor, que prioriza alimentos, combustível e energia, é o principal motivo
No primeiro trimestre de 2022, a produção de eletrodomésticos encolheu em 25,3% se comparada ao mesmo período do ano passado. Inflação e juros em alta contribuíram para apertar o orçamento do consumidor, que prioriza alimentos, combustível e energia. A informação é da pesquisa de produção industrial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O setor, que já sofria com a falta de insumos e aumento de preços das commodities gerados pela pandemia, conta com o terceiro trimestre seguido de queda na produção de eletrodomésticos. Os subgrupos da linha branca (geladeira, fogão, máquina de lavar), linha marrom (TV e som) e outros (eletroportáteis) registraram queda de fabricação de dois dígitos também.
No entanto, o preço dos eletrodomésticos subiu 7,46% no trimestre e apresenta uma alta acumulada de 20,43% no ano de março de 2021 até março de 2022, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.
A Electrolux destacou, em seu balanço global para o primeiro trimestre de 2022, que a queda nas vendas na América Latina é por conta da diminuição da demanda no Brasil, já que inflação e juros altos prejudicaram o poder de compra do consumidor.
Já a dona das marcas Brastemp e Consul, a empresa Whirlpool, prevê um recuo da indústria de eletrodomésticos em 2022 na América Latina, Europa, Oriente Médio e África.
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