Publicidade
Economia

Vendas da indústria brasileira de alimentos crescem 3,2% em 2021

Setor faturou R$ 922,8 bilhões no último ano e teve 1,72 milhão de pessoas empregadas

Imagem da noticia Vendas da indústria brasileira de alimentos crescem 3,2% em 2021
Funcionária de mercado confere produtos em prateleira (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
• Atualizado em
Publicidade

As vendas e a produção física da indústria brasileira de alimentos cresceram respectivamente 3,2% e 1,3% em 2021, em comparação com o ano anterior, segundo levantamento divulgado nesta 3ª feira (15.fev) pela associação do setor (Abia). O segmento de food service, que inclui por exemplo restaurantes, foi responsável por 26,3% das vendas da indústria de alimentos no último ano (ante 24,4% de 2020) e puxou um crescimento de 1,8% na comercialização geral para o mercado interno, que respondeu por 73,5% do faturamento total.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Em 2021, o setor faturou R$ 922,8 bilhões -- montante 16,9% superior ao de 2020 -- e teve 1,72 milhão de pessoas empregadas, 21 mil a mais que no ano anterior. As exportações da indústria brasileira de alimentos também aumentaram (18,6%) e chegaram ao patamar recorde de US$ 45,2 bilhões (R$ 235,7 bilhões); o motivo, diz a Abia, foi a retomada da economia mundial e uma taxa de câmbio "favorável". Em relação ao food service, a entidade atribui a participação maior nas vendas da indústria à reabertura de estabelecimentos, à aceleração da transformação digital e à expansão do delivery. 

Apesar dos resultados mais expressivos no ano passado, também no período o setor percebeu o custo da produção dos alimentos industrializados ser impactado de forma relevante por uma elevação nos preços das matérias-primas agrícolas; a disponibilidade de café, milho, cana-de-açúcar e leite para no território nacional caiu, por causa de perdas de produção causadas por estiagem prolongada em várias regiões produtoras do país, e, assim, os preços médios dessas commodities cresceram 60,3%, 42,7%, 36,1% e 24,1%, respectivamente.

De acordo com o Índice de Preços da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), afirma a Abia, as matérias-primas agrícolas encerraram 2021 no maior patamar em dez anos, com alta acumulada de 28,1% frente à média dos preços observada em 2020. As embalagens também configuraram um obstáculo para a indústria, visto que houve restrições na oferta e altas de preços na casa dos 100%.

Para 2022, o setor espera alta de 2% nas vendas reais, mesmo no caso de os custos de produção continuarem pressionados. Em relação às vendas no mercado interno, a expectativa é que mantenham um ritmo de crescimento parecido com o de 2021, com o food service se destacando novamente e podendo chegar a 29% de participação na comercialização geral. As exportações, por sua vez, podem atingir US$ 46 bilhões.

A Abia aponta como fatores de estímulo ao consumo de alimentos em 2022 a correção de 10,06% do salário mínimo, atualmente em R$ 1.212,00, e um processo gradual de recuperação no número de pessoas com emprego.

Veja também:

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade