Inflação de novembro chega a 0,95%, a maior para mês em seis anos
No ano, o indicador acumula alta de 9,26% e, nos últimos 12 meses, passa de 10%
A inflação registrada em novembro foi de 0,95%. O IPCA teve queda na comparação com mês de outubro (1,25%). No acumulado do ano, o índice é de 9,26% e, nos últimos 12 meses, é de 10,74%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo hoje (10.dez) pelo IBGE.
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro. O maior impacto veio os Transportes. Os preços do etanol subiram 10,53%. O óleo diesel 7,48%. A alta da gasolina foi de 7,38%. Com o resultado de novembro, só a gasolina acumula alta de 50,78% em 12 meses, o etanol de 69,40% e o diesel, 49,56%.
Eduardo Martins, economista da BMJ Consultores Associados, explica que a alta dos preços dos combustíveis não é só uma questão de política econômica. Para ele, os preços "não estão subindo em razão de um aumento na demanda no país, mas, sim, por uma delimitação na produção que vem do preço internacional do barril de petróleo ter subido no período. A crise hídrica e de desabastecimento também fazem com que haja uma escassez de insumos, fazendo com que o custo de produção suba e consequentemente o preço para o consumidor final", afirma. E completa dizendo que o vilão não é apenas um item, mas o aumento nos custos em geral.
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Habitação foi o segundo maior impacto, presssionado, novamente, pela energia elétrica que teve alta de 1,24%. Na sequência, vieram as Despesas pessoais com destaque para os valores de hospedagens que subiram 2,57% e os pacotes turísticos ficando 2,28% mais caros.
No lado das quedas, os destaques foram Saúde e cuidados pessoais (-0,57%) e Alimentação e bebidas (-0,04%).
Entre as capitais, apenas Belém registrou deflação, ou seja, uma redução do IPCA. O percentual foi de -0,03%. Na ponta da tabela, Campo Grande, Salvador, Goiânia e Curitiba lideram entre as cidades onde os preços ficaram mais salgados.