Consumo nos lares brasileiros cresce 4,95% em outubro, aponta Abras
Gastos com produtos da cesta básica continuam em alta e lideram as compras das famílias
Um levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado na 5ª feira (9.dez), apontou para o crescimento de 4,95% no consumo dos lares brasileiros na comparação entre setembro e outubro deste ano. Apesar do índice ter apresentado desaceleração de 0,24% na relação entre outubro de 2020 e 2021, o consumo manteve trajetória positiva nos dez primeiros meses do ano, acumulando alta de 3,14%.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Segundo o documento, a alta do custo da energia elétrica e dos combustíveis foram os principais influenciadores no resultado até outubro. "O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulando alta de 10,67%, e o IPCA alimentos subindo 11,71% afetaram o consumo das famílias brasileiras, que com menor poder aquisitivo, selecionam itens para colocarem em seus carrinhos", avaliou Marcio Milan, vice-presidente da Abras. "O setor já está se preparando para as datas de grande consumo, como Natal e Ano Novo, ofertando produtos e realizando promoções, que caibam no bolso de todos brasileiros", disse.
No mês de outubro, o gasto com produtos da cesta básica manteve tendência de alta e fechou em R$ 700,04, contabilizando um aumento de 2,20% em relação a setembro ? R$ 684,99. No comparativo com outubro do ano passado, a cesta ficou mais cara em 17,27%. O município de Cuiabá, no Mato Grosso, apresentou a cesta mais barata do país, com o valor de R$ 540,07, enquanto a Grande Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, registrou o valor mais alto, chegando a R$ 795,45.
+ Auxílio Brasil de R$ 400 começa a ser pago nesta 6ª feira
Os grandes vilões da alta do preço, na comparação entre setembro e outubro deste ano, foram o tomate (+28,77%) e a batata (+24,05%), que registraram aumento significativamente maior que os produtos que vêm em seguida, como o frango congelado (+ 6,33%), o café torrado e moído (+ 6,11%) e o açúcar (+ 4,79%). A cebola, o feijão e o extrato de tomate tiveram as maiores baixas com queda de 5,17%, 2,27% e 1,95%, respectivamente.