Mesmo com chuvas abaixo da média, reservatórios começam a se recuperar
Para ONS, nível das represas no SE/CO terá "melhora importante" nesta semana
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que os reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis pela maior parte da energia gerada no país, terão "importante melhora" nesta semana (de 6 a 12 de novembro), com previsão de chegar, no fim do mês, a 19,2% da capacidade. As informações foram divulgadas no boletim do Programa Mensal de Operação (PMO).
De acordo com o ONS, a situação deve melhorar na regiões Norte e Nordeste ao longo da semana. Mas a expectativa é que, no país, as chuvas continuem alimentando os reservatórios em percentuais abaixo da média histórica. No caso das regiões SE e CO, a expectativa é de afluência correspondente a 83% da média.
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"Prevê-se para a próxima semana operativa ascensão nas afluências dos subsistemas Nordeste e Norte, e recessão nas afluências dos subsistemas Sudeste e Sul. A previsão mensal para novembro indica a ocorrência de afluências abaixo da média histórica para os subsistemas Sul e Nordeste, e acima da média histórica para os subsistemas Sudeste e Norte", informa o boletim.
Os reservatórios da Região Sul devem fechar o mês com 44,5% de sua capacidade. No Nordeste, a previsão é 35,3%. Nas represas das hidrelétricas da Região Norte, 34,7% da capacidade.
Mesmo com chuvas abaixo da média, os reservatórios começam a se recuperar do longo e severo período de estiagem. O reservatório da Usina de Furnas, um dos principais do país, fechou o mês de outubro com apenas 18,27% da capacidade, mas termina a primeira semana de novembro com 20,13%.
Situação de atenção
Na reunião de 6ª feira (5.nov) da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que houve aumento significativo das chuvas no país no último mês, na comparação com outubro do ano passado. Mesmo assim, o órgão alerta que o solo ainda está muito seco, "impactando a transformação das chuvas em vazões, ou seja, nos volumes de água que chegam nos reservatórios do país".
Na reunião, o ONS alertou que, apesar da melhora prevista pelo serviço meteorológico para os próximos meses, "a situação está longe de caracterizar uma normalidade operativa". Para o operador, "permanece a situação de atenção" e que o objetivo é assegurar estabilidade na geração de energia, principalmente, ao longo de 2022.