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Brasil pode atingir pico de casos da ômicron às vésperas do carnaval

Estimativa tem como base os números da onda epidemiológica de outros países

Brasil pode atingir pico de casos da ômicron às vésperas do carnaval
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O Brasil deve alcançar o pico de casos de covid da variante ômicron em duas ou três semanas, ou seja, às vésperas do carnaval. Isso pode ocorrer se a curva de contágio seguir o padrão observado em outros países. A ômicron é uma variante do novo coronavírus que se espalha com muito mais velocidade e amplitude. O tempo de duração da crise é de quatro e seis semanas, com forte aumento no número de infecções até chegar ao pico. Depois, a queda também ocorre de forma acentuda.

Na África Sul, onde ela foi relatada pela primeira vez no fim de novembro, após atingir o auge em 17 de dezembro, com 23 mil casos, quatro semanas depois o número de casos era menor do 4.600. No Reino Unido a onda epidemiológica apresenta o mesmo comportamento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 03 de janeiro o número de casos passou de 218 mil. Pouco depois, no dia 17 de janeiro, foram registrados pouco mais de 84 mil casos. Canadá, Austrália e Estados Unidos também já apresentam uma queda rápida de infecções, após o pico.

Para os especialistas, os efeitos da ômicron em outros locais do mundo são um indicativo do que pode ocorrer por aqui. Um levantamento da Universidade de Washington (EUA) mostrou que o Brasil deve chegar a 1,3 milhão de infectados em fevereiro. Se o estudo estiver correto, o país terá 4 vezes mais casos do que teve no pior momento da pandemia. Tudo isso a poucos dias do Carnaval.

Medidas restritivas
Por causa da alta taxa de transmissão da ômicron, alguns estados e capitais já anunciaram medidas restritivas. No Amazonas, o governo do estado suspendeu a realização de grandes eventos e limitou o público a 200 pessoas.

Na Bahia, a lotação passou para 3 mil pessoas, com ocupação máxima de 50% da capacidade dos ambientes. Antes eram permitidas 5 mil pessoas por evento. O estado também tornou obrigatório o comprovante de vacina em bares, restaurantes e locais como parques públicos estaduais. A capital, Salvador, foi a primeira cidade brasileira a cancelar o Carnaval.

O governo do Ceará suspendeu todos os eventos pré-folia e o Carnaval em espaços públicos. Outros eventos, como casamentos e formaturas, terão capacidade de público reduzida: limite de 250 pessoas em ambientes fechados e de 500 em ambientes abertos.

Em Goiânia, a prefeitura cancelou o Carnaval e proibiu qualquer evento pré-folia. Além disso, desde a última segunda-feira (17.jan), bares, restaurantes, lanchonetes e similares só podem funcionar com lotação de 50% da capacidade do local, obedecendo distanciamento entre as mesas de 1,5 m.

No Maranhão, o governo voltou atrás e retomou a determinação do uso obrigatório de máscaras de proteção em locais fechados. A prefeitura da capital, São Luís, já cancelou o Carnaval. Pernambuco determinou a redução do público em eventos, com a cobrança de teste negativo para o novo coronavírus. O número máximo de frequentadores foi restrito à 50% da capacidade do espaço ou 3 mil pessoas em locais abertos, e mil pessoas, em locais fechados.

Em São Paulo, o prefeito da capital cancelou o carnaval de rua. Apesar disso, foi mantido os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, desde que a Liga aceite os protocolos sanitários que serão determinados. A decisão final sobre quais medidas serão adotadas será anunciada amanhã (20.jan).

Já no Rio de Janeiro, no começo do mês, o prefeito Eduardo Paes anunciou o cancelamento do carnaval de rua e manteve os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí. Segundo ele, lá será possível exigir o comprovante de vacina e fazer o controle de testagem. Mas a realização ou não dos desfiles ainda depende da decisão do comitê científico da prefeitura, que tem reunião marcada para o próximo dia 24 de janeiro.

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