Anvisa encerra pedido de uso emergencial da vacina Convidecia
Cancelamento aconteceu por perda de legitimidade da empresa e instituto que atuariam no processo
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, por unanimidade, pelo encerramento do processo que trata da autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, da vacina Convidecia (Ad5-nCoV Vaccine CanSino).
O cancelamento aconteceu por perda de legitimidade da empresa Belcher Farmacêutica do Brasil Ltda e do Instituto Vital Brazil S.A. para atuarem interessados no processo.
Segundo a diretora relatora Meiruze Freitas, "uma empresa responsável pela solicitação e detentora da Autorização de Uso Emergencial de medicamentos é a entidade responsável civil, administrativamente e penalmente pelo respectivo produto. A detentora pode ser ou não fabricante do produto, mas deve se responsabilizar pela qualidade, eficácia e segurança do medicamento ou vacina a ser disponibilizada à população brasileira. Em face do eventual desalinhamento entre o detentor e o desenvolvedor e fabricante da vacina CanSino, temos que mecanismos intrínsecos e essenciais de supervisão técnica foram comprometidos".
O laboratório CanSino pode apresentar nova solicitação se conseguir novos representantes.
O imunizante da CanSino, que é produzido a partir de um adenovírus humano não replicante, foi desenvolvido em parceria com a Academia de Ciências Médicas Militares da China. A vacina é oferecida em apenas uma dose.
A vacina chinesa tem aprovação na Argentina, Chile, China, Equador, Hungria, Malásia, México e Paquistão.