Estados Unidos pedem investigação 'transparente' sobre origem da covid-19
Governo norte-americano quer saber se o vírus teve causas biológicas ou foi um acidente de laboratório; OMS descarta tese de criação
Nesta terça-feira (25.mai), os Estados Unidos pediram a especialistas internacionais uma avaliação sobre a origem do novo coronavírus e os 'primeiros dias do surto', em uma nova investigação sobre a origem do vírus que desenvolve a covid-19.
As agências de inteligência dos Estados Unidos examinam relatos de que pesquisadores de um laboratório de virologia chinês ficaram gravemente doentes um mês antes dos primeiros casos de covid-19 serem relatados em 2019.
De acordo com informações da agência Reuters, fontes do governo dos Estados Unidos advertiram que ainda não há provas de que a doença teve origem em laboratório.
Para o secretário de Saúde dos Estados Unidos, Xavier Becerra, a segunda fase do estudo da origem da covid-19 deve ser lançada com base científica, com termos de referência transparentes, e permitindo independência de estudo aos especialistas internacionais para estudar a origem e os primeiros dias do surto do novo coronavírus.
A origem do vírus sofre forte controvérsia. Os primeiros casos da doença foram registrados na cidade de Wuhan em dezembro de 2019.
No começo do ano, em março, uma equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com cientistas chineses, elaboraram um relatório após passarem quatro semanas na cidade de Wuhan em janeiro e fevereiro, que aponta que o vírus foi transmitido de morcegos para humanos por meio de um animal intermediário e que seria 'extremamente improvável' o desenvolvimento do vírus por meio de um incidente em laboratório.
Técnicos da OMS preparam uma nova proposta de estudos que deverão ser realizados, para que sejam considerados pelo diretor-geral da organização Tedros Adhanom. Assim, para que sejam incluídos a detecção precoce de casos, os papeis dos mercados de animais, a transmissão via cadeia alimentar e a hipótese de um incidente de laboratório.