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"Fui cobaia de um laboratório que nunca fez vacina", escreve Sérgio Utsch

Correspondente do SBT relata experiência como voluntário de uma pesquisa de imunizante contra covid

"Fui cobaia de um laboratório que nunca fez vacina", escreve Sérgio Utsch
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Eram 12h12 de uma 3ª feira quando a enfermeira enfiou a agulha no meu braço esquerdo. Eu estava no segundo andar do anexo do Chelsea and Westminster Hospital, no oeste de Londres. É um hospital público que tem uma longa parceria com uma das mais renomadas universidades do mundo, a Imperial College, também na capital da Inglaterra. Era 27 de outubro.

Semanas antes, eu tinha recebido um email do NHS, o SUS dos britânicos, sobre pesquisas para as vacinas contra a covid-19. Cliquei no sim, confirmando meu interesse. Dias depois, veio um questionário, com perguntas sobre o meu histórico de saúde, idade e hábitos de vida, saudáveis ou não. O algoritmo foi o primeiro a me selecionar.

Depois disso, ainda tive uma entrevista por telefone com a enfermeira do hospital, que queria se certificar de tudo o que eu já havia respondido, principalmente se já havia tido a covid-19 e se já tinha participado de outros testes. Foram quase 30 minutos de conversa, em que ela me estimulou a perguntar tudo o que queria.

Tudo certo até chegar ao meu nome, que ela não conseguia entender. Adotei a tática das palavrinhas para soletrar: "Uniforme-Tango-Sergio-Cake-Hotel". As lembranças sobre soletrar meu sobrenome são tão antigas quanto as primeiras vacinas que tomei.

Digo isso porque naquela 3ª feira, confrontada por meu sobrenome alemão e por minha aparência já confundida com dezenas de nacionalidades, vieram outra enfermeira e mais um choque cultural. "Como você se define? Branco inglês, branco irlandês, branco outros, negro? Latino?", entre outras categorias da tabelinha britânica. Eu já tinha enfrentado esse questionário quando fiz o cadastro no posto de saúde, logo que me mudei para o Reino Unido.

Há quase 10 anos, optei por "branco outros", mas naquele dia eu resolvi devolver a pergunta. "O que você acha que eu sou?". A enfermeira me olhou e, sabendo que eu era do Brasil, me perguntou se eu me identificava como latino. Antes de pensar em responder, ouvi uma outra enfermeira murmurando que eu não me parecia latino. Foi aí que eu resolvi optar pelo latino. Foi um pequeno ato de afirmação e rebeldia.  

E a vacina?

Eu já chego lá. Antes da agulhada derradeira, além de responder a detalhados questionários, é preciso assinar vários documentos. Em um deles, enorme e entregue na antessala do ambulatório, havia uma cláusula em que eu me comprometia a não deixar as dependências do hospital, a não ser que estivesse acompanhado de alguém da equipe. Fumar era permitido, desde que fosse com um vigia. Só então percebi que estava assinando um termo geral e amplo para os vários testes clínicos conduzidos pelo NHS.

O teste desta vacina não exigia tanta doação de tempo, nem me submeteria a tais circunstâncias. A própria funcionária da recepção tratava a papelada com um desdém de quem sabe que aquilo é pura burocracia ou excesso de zelo. O documento específico sobre este teste eu já tinha lido e relido.

Eu autorizei que a empresa fique com a minha amostra de sangue por até 25 anos. A amostra, segundo o documento, poderá ser congelada para armazenamento e será identificada apenas por um número e não vai conter nenhuma informação que me identifique. Se mudasse de idéia, eu poderia solicitar a destruição dessas amostras. Se houver alguma consequência séria, eu posso receber uma compensação em linha com a Associação da Indústria Farmacêutica Britânica. O documento tem 23 páginas, que me preparavam para o que aconteceria lá dentro, nos ambulatórios.

Outras quatro pessoas aguardavam sua vez. Todos eram, como eu, voluntários em uma experiência que poderá salvar a vida de muitas pessoas. Tinha um certo orgulho silencioso e coletivo naquela espera, que terminou depois de 30 minutos. Fui o último a ser chamado. Deixei a recepção sob o olhar simpático da funcionária, que também tinha pedido ajuda pra escrever meu nome e mantinha o nariz pra fora da máscara e os óculos na ponta do nariz.

Cada compartimento do ambulatório tinha capacidade pra seis camas. Fui colocado ao lado de uma delas, perto da janela, por onde via a movimentada Fulham Road. Naquele dia frio de outono, o Reino Unido já registrava quase 400 mortes por dia. A segunda onda já tinha se consolidado. Da janela, dava pra ver um desses totens eletrônicos multimídia, com uma notícia da LBC, uma das rádios mais famosas daqui, sobre a divulgação dos primeiros resultados da vacina desenvolvida pela Moderna: "Vacina Moderna, dos Estados Unidos, poderia prevenir 94,5% das pessoas de contraírem covid".
 
Uma das prerrogativas pra fazer parte dos estudos, reforçada tanto nas entrevista por telefone, quanto na conversa com a equipe, era não fazer parte em outros estudos, de vacinas ou medicamentos. Uma enfermeira me explicou que algumas pessoas tentam participar de vários ao mesmo tempo, ou pra conseguir algum dinheiro ou porque tem gente, acreditem, que adora ser cobaia. Tem um mercado pra isso.

O famoso personagem Frank Gallagher, da série britânica Shameless, filmada no início da década passada, apresenta-se pra um destes testes pra pagar as dívidas, entre elas a conta do bar. Sem que ele soubesse, o remédio cortava os efeitos do álcool, o que deprimiu o mais famoso frequentador do pub do bairro pobre de Manchester, no norte da Inglaterra. Frank, interpretado pelo ator David Threlfall, voltou a ser feliz quando o efeito passou.

No caso da vacina, eles não queriam Franks. Procuravam cobaias sem experiência e sem ganância, como eu. Nos testes desta vacina, não havia dinheiro envolvido. Um amigo me perguntou se eu ganhei um lanchinho. Nada. Nem um chazinho ofereceram.

Apesar do frio daquele dia, escolhi não usar um casaco grande porque não queria ter o trabalho de lavá-lo quando voltasse pra casa. Quando me pediram pra tirar, mantive-o no colo. Eu tinha mais medo de uma contaminação no ambiente hospitalar do que da vacina experimental que estava (?) prestes a receber. Mas antes dela, passei por um mini check-up: pressão, peso, altura, temperatura, batimentos cardíacos, nível de oxigenação, mais perguntas, até passar por mais um filtro, que era a análise do médico. Depois disso, doei meus primeiros tubinhos de sangue e fiz aquele teste desconfortável de coleta de mucosa no nariz e na garganta.

As amostras de sangue revelariam aos pesquisadores, além da minha situação antes da vacina, a presença ou não de anticorpos. Se eu estivesse ou já tivesse sido contaminado, poderia ser eliminado do estudo. Naquele momento, voluntários precisavam nunca ter tido contato com o vírus que causa a covid-19.

A primeira visita ao hospital foi a mais demorada. Durou quase três horas. Ainda com a dúvida se eu estaria apto a prosseguir no estudo, eu recebi a primeira dose. Ou da vacina. Ou do placebo. Nem a enfermeira que me aplicou a injeção, nem os médicos da linha de frente sabiam o que estava sendo injetado no meu organismo. Minha sorte foi decidida por um programa de computador. "É como cara ou coroa", dizia o documento que assinei. Eu torci muito pra que fosse a vacina, mas havia também 50% de chance de ser água salinizada, que não me causaria efeito nenhum.

Depois da picadinha, fiquei em observação por trinta minutos, contados no relógio de uma terceira enfermeira. Nesse meio tempo, uma das médicas me supervisionava e checava o local da injeção. "Obra de arte", ela disse, elogiando a agulhada certeira no meu braço. Para mim, era só um braço que recebeu uma injeção. Para ela, era muito mais que isso. Não senti nada fora do normal. A obra de arte era não apenas invisível, mas também indolor. Assim que o cronômetro zerou, fui submetido a uma nova rodada de medições, avisado que estava ótimo e que já poderia ir pra casa.

A régua do medo


                                           Kit-voluntário: exames, termômetro, cartão e régua


Antes de ser liberado, recebi o kit-voluntário. Primeiro, precisei baixar um aplicativo no meu celular, chamado diário do paciente. Eu receberia alertas pra atualizar o meu estado de saúde, assim como qualquer tipo de reação. Foi quando dei uma risada, não de descontração. Era nervosismo mesmo.

Além da papelada, o kit-voluntário tinha três exames pra detectar o novo coronavírus. Eu devo usar se tiver algum sintoma. No Reino Unido, você pode fazer o exame em casa e marcar um horário pra que ele seja coletado. É tudo muito bem explicado. Tem inclusive alguns tutoriais na internet. Eu já tinha feito outros dois antes. Portanto, estava familiarizado com o desconforto de um cotonete gigante nas profundezas do nariz e da garganta. Também ganhei um termômetro, um cartão de paciente, que me identificava como participante 197. A risada veio com a régua.

Transparente, como aquelas dos tempos de escola, ela tem 300mm ou 30cm. Passei um tempo explorando na minha mente as possibilidades de uso daquele objeto naquelas circunstâncias. Eu já estava meio constrangido de fazer tantas perguntas. Uma das enfermeiras era brasileira, soube que eu era jornalista. Não queria dar a impressão de que estava ali a trabalho, embora esse relato que escrevo agora me contradiga.

Nesse caso, não tinha como não perguntar. "É pra você medir se houver algum inchaço no lugar da injeção", ela me disse, no mesmo tom em que explicaria pra que serve um termômetro. Em menos de 10 segundos, devo ter tido expressões-relâmpago de dúvida, arrependimento, medo e absoluta descrença sobre aquela versão, ao mesmo tempo em que lembrava da médica examinando a obra de arte. Mas antes que eu viesse com mais uma pergunta, ela já me disse que a régua era mesmo um exagero e que reações que demandassem o uso daquele objeto de 300 milímetros eram muito raras.

A segunda dose

Meu braço não inchou. Horas depois e no dia seguinte, só senti um pequeno incômodo, quase dor no local da agulhada, o que aumentou minha esperança de ter sido imunizado. Três semanas depois, voltei ao hospital para a segunda dose. Na primeira visita, descobri que eles pagavam o transporte. Troquei o metrô pelo black cab, aqueles táxis emblemáticos de Londres, que são mais caros que os dos aplicativos. E bem mais confortáveis.

Antes de entrar, eu fumei um cigarro. Não abandonei meu vício, mas a pandemia já tinha me tornado um sujeito mais sadio. Passei a correr mais, a comer melhor, perdi peso, ganhei agilidade. E com os pubs fechados, minha vida social e alcóolica também já estava na absoluta decadência. Mesmo antes da vacina, eu já agia como se preparasse meu corpo pra uma não muito improvável eventualidade de acabar contaminado.

Fazia muito frio naquele dia. Quando entrei, a funcionária da recepção do hospital mediu minha temperatura. Ela escolheu a fronteira gelada entre minha mão e meu pulso. O termômetro mostrou 33 graus. "Você está congelando!". A frase veio com um baita sorriso de quem adorou encontrar um "homem do meu tamanho", que também ficasse com as mãos tão frias quanto as dela. O termômetro no pescoço apontou 36,3. Ela deu um sorrisinho de "você tá ótimo", me entregou um papelzinho com o número escrito e me liberou pra subir. Eu já sabia o caminho.

A segunda dose foi no outro braço, o direito. E a lembrança da régua voltou na hora da picada. Desta vez, a risada não foi tão nervosa. Fato é que eu fui movido não apenas por solidariedade, mas também por muita curiosidade. Depois de mais de 10 meses na cobertura de uma crise sem precedentes, eu nunca tinha lido tantos artigos científicos e nunca tinha tido tantos cientistas e médicos na minha timeline. Mas eu queria ter uma experiência mais intimista com essa revolução da ciência. Ser voluntário era a chance não apenas de ser imunizado e dar o meu grãozinho de areia de contribuição, mas também de conhecer o processo -ou parte dele- por dentro.

Em tempos normais, o desenvolvimento de uma vacina leva até 10 anos. As que já estão e as que estão prestes a chegar ao mercado, foram feitas em aproximadamente um ano, pouco menos ou pouco mais. Obviamente, não foi um salto no escuro completo. Eu li bastante sobre esse imunizante e decidi fazer parte dos testes mesmo depois de descobrir que o laboratório que a desenvolvia nunca tinha feito uma vacina sequer.

Que vacina é essa?

A Novavax é uma empresa dos Estados Unidos, fundada 33 anos atrás. Em meados de 2019, estava ameaçada de ter suas ações retiradas da Bolsa de Nova York porque, por mais de 30 dias, valiam menos que 1 dólar. Eles tinham muita experiência, mas um currículo pouco atrativo. A pandemia fez toda a diferença. Em outubro, cada ação já superava os 80 dólares e várias publicações científicas colocavam o imunizante NVX-CoV2373 como um dos mais promissores do mercado.

A empresa recebeu quase dois bilhões de dólares do governo dos Estados Unidos e de organizações não governamentais para o desenvolvimento da vacina. 1,3 bilhão veio do programa "Warp Speed Operation", do governo norte-americano.

Mas antes disso, seus diretores já tinham encarado esse momento como o mais importante da história desta farmacêutica, bem menos poderosa que as gigantes Pfizer, BioNTech, Moderna, Astrazeneca ou Johnson & Johnson. Depois que receberam o sequenciamento genético do vírus, que foi feito pelos chineses, colocaram toda a sua energia nesse projeto. Até agora, parece ter valido a pena.

Se há algum heroísmo no ato de ser voluntário para uma vacina ainda não certificada e de uma empresa que nunca conseguiu ter um imunizante aprovado, ele é bem mais forte no pequeno grupo de pessoas que fazem parte das fases 1 e 2 dos testes, quando os cientistas são confrontados com as primeiras reações em humanos. Em setembro, a Novavax publicou os resultados dessas fases iniciais no New England Journal of Medicine. Os testes envolveram 131 adultos saudáveis. Não houve nenhuma reação séria. Um dos participantes teve uma febre que durou um dia.

Além disso, todas as pessoas desenvolveram uma quantidade de anticorpos até seis vezes maior do que aquela encontrada nas pessoas que se recuperaram da Covid-19. Em 16 participantes testados aleatoriamente, a vacina também gerou uma resposta forte das chamadas células T, que são um segundo e importante batalhão do nosso sistema de defesa.

Outra notícia animadora foi o acordo com o Instituto Serum, da Índia, o maior produtor de vacinas  e um dos mais respeitados do mundo. Foi uma espécie de reconhecimento do mercado ao potencial desse imunizante. O acordo envolve a produção de um bilhão de doses dessa vacina apenas para o mercado indiano. E ainda tinham os outros clientes: União Européia (200 milhões de doses), Estados Unidos (100 milhões de doses), Austrália (40 milhões de doses), Canadá (76 milhões), Japão (50 milhões de doses) e o Reino Unido (60 milhões de doses).

Quando eu decidi participar, eu já tinha boa parte dessas informações. Sabia que dificilmente seria exposto a um risco muito grande. No máximo, pensei, pode não funcionar, ou porque tomaria o placebo ou porque ficaria no grupo minoritário para o qual a vacina não faz efeito. Meu ato de heroísmo foi um risco friamente calculado, talvez um pouco mais calculado do que os outros 15 mil voluntários do Reino Unido.

A fórmula da NVX-CoV2373, como foi batizada a substância que pode ter sido injetada em mim, é diferente daquelas usadas pela Astrazeneca e Sinovac, duas das vacinas que podem começar a ser usadas no Brasil. A Novavax usa proteínas do próprio vírus pra estimular uma resposta imune. E também tem a vantagem de poder ser estocada, por até seis meses, a temperaturas entre dois e oito graus. Portanto, é uma vacina que pode ser armazenada em geladeira comum, sem necessidade daqueles super congeladores da Pfizer.

Vacina ou placebo?

Além do teste principal, aceitei fazer parte de um subestudo, que faz uma análise ainda mais detalhada do comportamento do sistema de defesa, mas em nível celular. Pra esse estudo, 450 pessoas foram selecionadas entre os pouco mais de 15 mil britânicos que participam da fase 3. Ao aceitar, quis acreditar que minhas chances de ter a vacina aumentariam, embora soubesse que a escolha é aleatória e que é feita por um computador.

Já fiz três visitas ao centro de pesquisa do Chelsea and Westminster Hospital. Tomei a segunda dose da vacina ou do placebo 21 dias depois e passei por uma rápida avaliação 35 dias depois. Os próximos compromissos serão aos 3, 6 e 12 meses, a não ser que eu tenha algum sintoma da covid-19. Neste caso, eu tenho acesso direto à equipe médica 24 horas por dia. Eu tenho um bom plano de saúde e ainda conto com o atendimento público daqui, que é de boa qualidade, mas a condição de voluntário me colocou numa posição ainda mais confortável, caso eu fique doente.

Tomo todas as precauções possíves pra não ficar e, lá no fundo, tenho um sentimento dúbio em relação aos outros voluntários. Torço pra que ninguém fique seriamente doente, ao mesmo tempo em que sei que os resultados sobre a eficácia da vacina só são possíveis quando um determinado número de pessoas se contamina. É assim que eles cruzam os dados: tantos contaminados vieram do grupo que tomou placebo e tantos vieram do grupo que tomou a vacina. A conta final mostra o percentual de pessoas que a vacina conseguiu proteger da Covid-19.

Só ao final de 12 meses, eles informariam em que grupo eu estou. Mas posso ser informado antes, caso decida deixar o programa. Nas conversas com a equipe da pesquisa, fiquei sabendo que devemos ficar sabendo bem antes dos 12 meses e que o grupo do placebo teria preferência pra tomar a vacina.

O Reino Unido é o país mais adiantado na fase 3 dos testes da Novavax, que estão pra começar nos Estados Unidos e no México, com mais 20 mil voluntários, depois de 2 meses de atraso. Resultados preliminares dos testes na população britânica deverão ser divulgados no início de 2021 e já deverão servir de base para a aprovação da Novavax para uso emergencial. Qualquer percentual acima de 50% já é considerado bom.

Ser voluntário não é como jogar na loteria. No meu caso, no entanto, depois de ler tanto a respeito, eu concluí que tinha poucas chances de perder. Se tomei o placebo ou a vacina e ficar no grupo que ela não vai proteger, eu já terei sido presenteado por um conhecimento que eu não tinha. Na minha profissão, faz toda a diferença.

Tento ser pragmático e não me render ao fácil conto dos super heróis que vão ajudar a salvar a humanidade. Pessoas vão explorar outras pessoas e provavelmente alguns vão ficar mais ricos às custas de outros com essa vacina. No fim das contas, é uma empresa, não uma instituição de caridade.

Dito isso, não dá pra negar a beleza dessa luta insana pra nos tirar desses tempos de medo, isolamento e paranoia coletivos. Tenho fé no trabalho dos cientistas e, com o perdão do trocadilho, plena ciência da necessidade de uma vacina que funcione e que dê um outro ritmo a esse contador de mortos, que flerta perigosamente com o nosso senso de normalidade.
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