Ex-diretor da Abin terá direito de ficar em silêncio durante depoimento à CPMI de 8/1
Saulo Moura da Cunha recebeu autorização do STF, que negou pedido para sessão secreta
Com depoimento marcado para esta 3ª feira (1º.ago), o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha poderá ficar sem responder as perguntas de parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro. A autorização foi concedida nesta manhã pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a magistrada, Saulo poderá ficar sem responder perguntas relacionadas à questão de sigilo. Além de ter direito a um advogado e de estar protegido a eventuais constrangimentos pelas possibilidades concedidas pelo STF.
Rosa Weber considerou, no entanto, que o ex-diretor da Abin não tem direito a ter uma sessão secreta. Ele havia pedido pela modalidade com o argumento de violação da imagem pessoal, por ter ocupado o cargo na agência. Mas no entender da ministra, a medida não se aplicaria, por ele já ser um personagem de conhecimento público - com nome, fotos e currículo divulgado na internet.
Saulo será questionado a respeito dos atos golpistas de 8 de janeiro. A CPMI também planeja escutar ainda nesta semana o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres.