Com bate-boca, CPMI do 8/1 aprova plano de trabalho
Proposta tem cerca de 40 pedidos de depoimentos para serem analisados
A CPMI dos atos golpistas do 8/1 aprovou nesta 3ª feira (6.jun) o plano de trabalhos apresentado pela relatora, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que prevê a análise inicial de 40 pedidos de depoimentos.
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Entre eles, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ajudante de ordem do Planalto tenente-coronel Mauro Barbosa Cid, o ex-chefe do GSI de Lula o general Gonçalves Dias, o ex-comandante da PM do DF Jorge Naime Barreto, o ex-diretor-adjunto da Abin Saulo Moura da Cunha e o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
A primeira sessão deliberativa da CPMI foi marcada para a 3ª feira (13.jun).
Ao todo, são mais de 800 pedidos de convocação e convites para depoimentos, pedidos de quebras de sigilos bancários, fiscais e telemáticos, transferência de dados de processos, acessos a dados, entre outros, que precisam ser analisados e votados pelos membros da comissão.
O presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), afirmou que só os pedidos de dados sobre processos e documentos sob sigilo devem ser analisados em um segundo momento.
O plano foi aprovado por 18 votos a 12, com críticas de representantes da oposição.
Pelo planejamento, as apurações vão focar na atuação de Torres como ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro (PL) e como secretário de Segurança do Distrito Federal.
Outro foco será os acampamentos em frente aos quartéis generais do Exército.
Os trabalhos da CPMI buscarão identificar os mentores, os financiadores e executores dos atos antidemocráticos e golpistas do 8 de janeiro e também da tentativa de invasão à sede da PF no dia 12 de dezembro, entre outros.
A proposta aprovada cita ainda a apuração do suposto "apagão" dos órgãos de segurança da União e do Distrito Federal no 8, mas também manifestações em redes sociais de políticos contra o resultado das eleições.
A reunião da CPMI no Senado começou por volta de 9h30 e terminou por volta de 14h.
Ficou definido que as votações dos requerimentos de convocação e convite para depoimentos só começarão na próxima sessão.
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