Após invasão, 6 obras estão desaparecidas ou têm danos irrecuperáveis na Câmara
O Plenário Ulysses Guimarães foi limpo para receber os deputados federais
Dos 46 presentes protocolares que estavam expostos no Salão Verde da Câmara dos Deputados no momento da invasão promovida por bolsonaristas no domingo (8.jan), seis estão desaparecidos ou apresentam danos irrecuperáveis, segundo avaliação preliminar das obras de arte que compõem o acervo da Casa.
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Ainda de acordo com a Câmara, muitos dos presentes foram encontrados com danos pontuais que poderão ser restaurados. Entre as obras do acervo danificadas por invasores, estão o Muro Escultórico (1976), de Athos Bulcão, o qual sofreu uma perfuração na base; Bailarina, de Victor Brecheret, descolada da base; e a Escultura Maria (1980) -- de Sônia Ebling --, marcada com paulada.
Não foram danificadas a escultura de Alfredo Ceschiatti, em bronze fundido, conhecida como Anjo (1977), localizada no Salão Verde; o painel Candangos (1960), de Emiliano Di Cavalcanti, do Salão Verde; o painel Araguaia (1977), de Marianne Peretti, também localizado no Salão Verde; e o Pinel Alumbramento (1978), de Marianne Peretti, presente no Salão Branco/Chapelaria.
A Câmara ressalta que o levantamento final dos danos causados por invasores no espaço físico do seu prédio principal está avançado, mas terminará apenas quando a perícia policial e a limpeza forem concluídas. Os servidores priorizaram, nesta 2ª, o trabalho para garantir a realização das sessões plenárias e, dessa forma, o Plenário Ulysses Guimarães encontra-se limpo e pronto para receber os deputados federais.
"O maior dano verificado até agora no espaço físico foi a quebra das vidraças frontais e laterais, muitas delas localizadas nos salões Verde e Negro. Há também trechos de carpete no Salão Verde furados, queimados ou danificados pela água. A Casa já está providenciando a manutenção do carpete. Os estragos não foram maiores devido à ação da Polícia Legislativa que contava com efetivo de mais de 100 policiais, além da rápida atuação dos brigadistas no controle de focos de incêndio", conclui o comunicado divulgado.
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