Ponte diz que "terceiros" usaram seu nome e de Ribeiro para fazer lobby
Presidente do FNDE é ouvido no Senado; pedido de CPI do MEC tem 25 assinaturas
O presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Marcelo Ponte, destacou nesta 5ª feira (7.abril) que o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, teve acesso a umas "conversas tortas" a respeito da atuação de pastores no Ministério da Educação (MEC) e que levou ao conhecimento da Controladoria Geral da União (CGU). O presidente do FNDE declarou ainda que foi ouvido na apuração da CGU e que o processo corre em segredo de Justiça. Ponte participa de audiência na comissão de Educação do Senado sobre as denúncias de lobby dos religiosos Gilmar Santos e Arilton Moura na pasta. "Acredito que terceiros usaram o nome dele (Milton Ribeiro) e o meu para fazer lobby sem autorização", completou.
Ponte fez referência ainda aos casos dos prefeitos ouvidos na comissão na 3ª feira (5.abril). "Todos os municípios que foram ou prefeitos que foram motivo de oitiva, na última terça-feira, inclusive os que não estiveram presentes, eu determinei administrativamente a suspensão de todos os processos até a apuração final de todas essas demandas da CGU, preventivamente", destacou.
Mais cedo, ao ser questionado sobre sua relação com os pastores, Ponte afirmou que os conheceu em "algumas agendas" do MEC. Quando perguntado sobre quais eram as funções deles nos eventos, ele ressaltou que "às vezes faziam alguma fala, alguma oração", explicou o presidente do FNDE.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Além das apurações feitas pela Comissão de Educação, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou um requerimento para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC. Até o momento, o documento tem 25 assinaturas e são necessárias 27 para que seja considerado oficialmente.