CPI ouve advogada que ajudou médicos na denúncia contra Prevent Senior
Bruna Morato colaborou com dossiê sobre práticas suspeitas da empresa de saúde
A advogada Bruna Mendes Morato, que contribuiu com a produção de um dossiê de denúncias contra a Prevent Senior, presta depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta 3ª feira (28.set).
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Morato deve ser questionada sobre práticas irregulares que foram alvo de denúncia de profissionais que trabalhavam em hospitais da rede da operadora de saúde. Entre as irregularidades está a prescrição de remédios que não têm eficácia contra a covid-19. Esses medicamentos eram, segundo a denúncia, usados sem o consentimento de pacientes internados com diagnóstico de coronavírus.
Os médicos também denunciaram mudanças em atestados de óbito para manipular causas de morte por covid-19. A suspeita é que houve intenção de ocultar mortes pela doença para indicar falsos resultados positivos no uso de medicamentos do chamado "kit covid" - que incluía remédios como cloroquina, ivermectina e hidroxicloroquina.
Depois das denúncias apresentadas à comissão, ex-pacientes e parentes de pessoas que receberam tratamento em hospitais da rede Prevent Senior fizeram novas acusações contra a operadora, como a intenção de médicos de tirar da UTI e encaminhar para cuidados paliativos -- quando o estado do doente é terminal e não há mais chance de cura por intervenção médica -- pacientes que deveriam ser mantidos em terapia intensiva.
Na 4ª feira (29.set), está previsto o depoimento do empresário Luciano Hang. Ele deve ser questionado por defender o chamado tratamento precoce, por ter divulgado informações falsas sobre a covid-19 e pelas mudanças no atestado de óbito da mãe, Luciana Hang, que morreu em decorrência da covid-19, aos 82 anos.
Na noite de 2ª, Hang compartilhou um vídeo com comentários provocativos aos senadores da comissão. Na gravação, o empresário bolsonarista mostrou um par de algemas e disse que vai levar o objeto para ser preso pelos senadores da CPI.