CPI aprova acareação entre o ministro Onyx e o deputado Luis Miranda
Ministro do Trabalho desmentiu acusações do parlamentar referentes às notas fiscais da Covaxin
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia aprovou nesta 4ª feira (11.ago) a realização de uma acareação entre o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF). A data prevista é de 18 de agosto.
O presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), colocou o requerimento em votação, mesmo que a sessão deliberativa não estivesse prevista na pauta da comissão. Apresentado pelo vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o requerimento cita "contradições" entre as versões apresentadas por Lorenzoni e Miranda.
"Após as manifestações dos senhores Onyx Lorenzoni e Luis Miranda ficaram evidentes diversas contradições em suas versões sobre os fatos,
notadamente os relacionados às invoices do caso covaxin. De acordo com Miranda, seriam três versões enviadas à negociação", escreveu o parlamentar.
Isso porque o parlamentar apresentou notas fisicais com irregularidades, referentes à compra da vacina indiana Covaxin. Na ocasião, o ministro, até então da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou que os documentos eram falsos.
"Deus está vendo. Mas o senhor não vai só se entender com Deus, vai se entender com a gente também. E vem mais. O senhor vai explicar e o senhor vai pagar pela irresponsabilidade, pelo mau-caratismo, pela má-fé, pela denunciação caluniosa e pela produção de provas falsas", disse Lorenzoni.
Segundo Rodrigues, "a Precisa Medicamentos, responsável pela importação da vacina indiana Covaxin, também contrariou a versão apresentada pelo ministro Onyx Lorenzoni sobre a compra do imunizante", quando disse que teria enviado três propostas ao governo federal.
"A primeira conteria 300 mil unidades por US$ 45 milhões e pagamento antecipado, enviado em 18 de março. Na segunda, seriam 3 milhões de unidades e pagamento antecipado, em 19 de março. A terceira proposta seria a segunda, mas sem necessidade de pagamento antecipado", completou o senador.