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Pacheco: "Congresso não aceitará retrocesso, eleições são inegociáveis"

Sem citar Bolsonaro, presidente do Senado reagiu a declarações contra a CPI e o processo democrático

Pacheco: "Congresso não aceitará retrocesso, eleições são inegociáveis"
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta 6ª feira (9.jul) que o Congresso Nacional não vai admitir qualquer retrocesso contra o estado democrático de direito e que as eleições de 2022 são "inegociáveis".  A declaração do senador ocorre em meio a uma briga institucional entre o Palácio do Planalto, as Forças Armadas, o Congresso Nacional e o Judiciário. 

"Tudo quanto houver de especulações de retrocesso, como a frustração das eleições, é algo com que o Congresso, além de não concordar, é algo que repudia veementemente", declarou Pacheco, em coletiva de imprensa.

 Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores que não haverá eleição no ano que vem se não houver voto impresso. "Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma [com urna eletrônica], corremos o risco de não termos eleições ano que vem. É o futuro de vocês que está em jogo", declarou.

Questonado, Pacheco evitou citar o presidente. Mas afirmou que, quem pretender algum retrocesso ao estado democrático de direito "será apontado pelo povo brasileiro e pela história como inimigo da Nação e como alguém privado de patriotismo". O presidente do Senado ainda destacou que, se o sistema eleitoral for alterado, é uma prerrogativa exclusivamente do Congresso Nacional e todos os outros Poderes terão que seguir as novas normas. 

"Não admitiremos qualquer tipo de retrocesso nesse sentido. Isso advém da Constituição, a qual temos obediência", declarou. "O formato dessas eleições não será feita pelo Executivo ou pelo Tribunal Superior Eleitoral, será feita pelo Congresso Nacional, através de uma proposta de emenda à Constituição, que é debatida na Câmara. E a decisão que houver por parte do Congresso haverá de ser respeitada", completou. 

Forças Armadas

O comandante da Marinha no Brasil, almirante de esquadra Almir Garnier Santos, usou as redes sociais nesta 6ª feira (9.jul) em apoio às declarações contra a atuação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia emitidas pelo comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior.

Na publicação, Garnier compartilhou uma entrevista do comandante da Aeronáutica ao jornal O Globo. Na reportagem, divulgada no início da manhã, Carlos Baptista Junior defendeu a nota contra declarações da CPI publicada pelo Ministério da Defesa no início da semana. "Não somos lenientes com desvios e não temos qualquer intenção de proteger ninguém que está à margem da lei", declarou.

As declarações dos comandantes vêm dois dias após a Defesa ter divulgado uma nota de repúdio ao presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM). O documento foi assinado pelo ministro Walter Braga Netto e pelos comandantes das Forças. Os quatro líderes afirmam que a fala de Aziz desrespeitou militares e generalizou "esquemas de corrupção".

Veja reportagem do SBT Brasil:

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